Prof.Marcelo Castro

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De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

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30 de nov. de 2022

O MAL QUE NOS FIZERAM

O MAL QUE NOS FIZERAM

Buscando compreender o momento que nos afligiu esses últimos quatro anos, rodeado de mentiras estapafúrdias e o envolvimento devasso de algumas organizações religiosas, junto a setores das forças de segurança, na política nacional.

Me pego a pensar no processo corrente de desqualificação da educação e da cultura que vinha sendo promovido por esses setores com forte amparo por parte do governo federal anterior, com intensa repercussão nos estados e municípios.

Se a escola, que outrora era símbolo de possível ascensão social, ambiente intocado, de importante centro de aprendizagem e socialização; não tem resistido a constantes ataques, em muitos casos, literalmente falando, temos que creditar tais mudanças a comunidade e as famílias que constituem a escola, afinal somos reflexo do meio social no qual estamos inseridos.

Me recordo de alguns casos de alunos que deram trabalho aos profissionais de educação dentro das escolas, o que mais me chamou a atenção foi a diferença de resposta por parte da família e os desdobramentos e consequências de tais condutas.

Quando a Família escuta e busca o apoio da escola para a resolução do problema, geralmente o aluno não se torna reincidente, muda posturas e melhora e muito seu rendimento; 

Por outro lado, temos a família que, por vários motivos, chega na escola com postura ameaçadora, achando inadmissível ser chamada por causa de problemas de "adolescentes", e ao invés de escutar, passa a questionar as ações da escola, valorizando ou, até mesmo, menosprezando o problema provocado por seu filho, o que leva o aluno a ser reincidente e piorando seu rendimento, pois passa a gastar mais energia com coisas alheias ao processo de ensino aprendizagem, levando a desgastes e resultados ruins.

Esse quadro tem se agravado com as constantes mentiras veiculadas nas redes sociais, colocando em xeque o papel memorável da escola em possibilitar a plena formação do cidadão, da formação de mão de obra técnica para os setores produtivos, bem como continuar a ser um dos pilares de ascensão social num país de grandes desigualdades sociais como o Brasil.

Portanto, o que se questiona, antes do que esperar da escola vindoura, é o que esperar do país do futuro? Que Brasil queremos para nossos filhos?

Seria o país do sectarismo, divisionismo, negacionismo, racismo, da intolerância, do nós contra eles, ou lutaremos por um país da tolerância, do amor, da união, do respeito as diferenças, do diálogo?