Prof.Marcelo Castro

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De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

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10 de jun. de 2015

PAIS E FILHOS


Temos vivido tempos difíceis, onde a criminalidade e a violência tem confinado nosso modo de vida, nos limitando a poucos e cada vez mais raros espaços de convivência familiar e comunitária.
Já, a algum tempo, na criação dos filhos, podíamos contar com pais, avós, tios, igreja, comunidade e escola, todos imbuídos numa corresponsabilidade que tornava possível uma formação cidadã, que prezava pela educação e respeito das futuras gerações.
Hoje a sociedade se encontra numa crise de identidade que tem refletido no caos social que vivemos, num fosso que parece não ter fim, e que a luz não tem surgido no fim do túnel.
Poderíamos fazer várias leituras do que nos levou a essa situação, vamos tentar aqui buscar elucidar algumas delas:
- Falência do Estado: Antes um Estado laico e distante dos menos favorecidos, hoje se debate entre grupos diversos, contribuindo para uma confusão generalizada de princípios políticos, religiosos e sociais diversos e também ateístas; Falha na prestação de serviços básicos como educação, saúde e segurança, contribuindo para o aumento das desigualdades.
- Falência da família: Antes hierarquizada com papéis definidos e a pregação do respeito e da dignidade como alicerces, hoje uma "instituição" falida e desestruturada, onde papéis são invertidos e/ou desfeitos, deixando a criação das crianças sob a égide do "Deus dará".
- Falência da Igreja: Durante muito tempo, a vivência religiosa contribuiu para a orientação familiar, hoje a mesma se perde em interesses próprios, com lideranças questionáveis e fracas, deixando de ensinar o básico: Cristo, para colocar seus interesses e impérios como o suprassumo da religiosidade.
- Predominância do individualismo: Não há aquele que não pense em seus próprios interesses em detrimento do interesse coletivo, não há um equilíbrio que possa tornar a sociedade mais justa, humanitária e igualitária.