Temos vivido
tempos difíceis, onde a criminalidade e a violência tem confinado nosso
modo de vida, nos limitando a poucos e cada vez mais raros espaços de
convivência familiar e comunitária.
Já, a algum
tempo, na criação dos filhos, podíamos contar com pais, avós, tios, igreja,
comunidade e escola, todos imbuídos numa corresponsabilidade que tornava
possível uma formação cidadã, que prezava pela educação e respeito das futuras
gerações.
Hoje a sociedade
se encontra numa crise de identidade que tem refletido no caos social que
vivemos, num fosso que parece não ter fim, e que a luz não tem surgido no fim
do túnel.
Poderíamos fazer
várias leituras do que nos levou a essa situação, vamos tentar aqui buscar
elucidar algumas delas:
- Falência do
Estado: Antes um Estado laico e distante dos menos favorecidos, hoje se debate
entre grupos diversos, contribuindo para uma confusão generalizada de
princípios políticos, religiosos e sociais diversos e também ateístas; Falha na
prestação de serviços básicos como educação, saúde e segurança, contribuindo
para o aumento das desigualdades.
- Falência da
família: Antes hierarquizada com papéis definidos e a pregação do respeito e da
dignidade como alicerces, hoje uma "instituição" falida e
desestruturada, onde papéis são invertidos e/ou desfeitos, deixando a criação
das crianças sob a égide do "Deus dará".
- Falência da
Igreja: Durante muito tempo, a vivência religiosa contribuiu para a orientação
familiar, hoje a mesma se perde em interesses próprios, com lideranças
questionáveis e fracas, deixando de ensinar o básico: Cristo, para colocar seus
interesses e impérios como o suprassumo da religiosidade.
- Predominância
do individualismo: Não há aquele que não pense em seus próprios interesses em
detrimento do interesse coletivo, não há um equilíbrio que possa tornar a
sociedade mais justa, humanitária e igualitária.