Prof.Marcelo Castro

Minha foto
De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

VISUALIZAÇÕES

27 de out. de 2021

Principais Métodos e Sistemas de Irrigação

 Principais Métodos e Sistemas de Irrigação Método de irrigação:

É a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas. Basicamente, são quatro os métodos de irrigação: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. Para cada método, há dois ou mais sistemas de irrigação, que podem ser empregados. A razão pela qual há muitos tipos de sistemas de irrigação é a grande variação de solo, clima, culturas, disponibilidade de energia e condições socioeconômicas para as quais o sistema de irrigação deve ser adaptado. Uma abordagem detalhada dos métodos e sistemas de irrigação e suas adaptabilidades às mais diversas condições de clima, solo e culturas é feita no documento “Seleção do Sistema de Irrigação”. 


Aspectos Econômicos, Sociais e Ambientais 
Parece óbvio que a meta principal da implementação de qualquer atividade agrícola, envolvendo irrigação, seja a obtenção do máximo retorno econômico. Todavia, os impactos nos aspectos sociais e ambientais do projeto não podem ser ignorados. 
Cada sistema de irrigação potencial, adequado a uma certa situação, deve ser analisado em termos de eficiência econômica. Pode-se empregar a relação benefício-custo do projeto ou retorno-máximo para se determinar sua eficiência econômica. 
O projeto que apresentar melhor desempenho econômico deve, então, ser selecionado. A análise econômica de sistemas de irrigação é geralmente complexa, devido ao grande número de variáveis envolvidas. 
Deve-se empregar planilhas ou programas de computador para auxiliar nos cálculos. A descrição dessas ferramentas foge ao escopo deste trabalho. 
Como regra geral, sistemas de irrigação de custo inicial elevado, como os de irrigação localizada, são recomendados para cultivos de maior valor, como sementes e milho verde. Os custos operacionais, principalmente energia, são geralmente maiores nos sistemas de irrigação por aspersão, intermediários nos de irrigação localizada e menores nos sistemas superficiais. 
Os custos de manutenção são geralmente elevados nos sistemas de irrigação por superfície, o que pode levar à frustração de muitos irrigantes. 
Fatores como a geração de emprego, a produção local de alimentos e a utilização de equipamentos produzidos localmente devem também ser considerados na seleção dos métodos de irrigação. 
Se há incentivos governamentais para um ou mais desses fatores, devese levá-los em consideração na análise econômica. 
Finalmente, os impactos ambientais de cada método, como erosão, degradação da qualidade da água e destruição de habitats naturais, devem ser considerados. Tais efeitos podem ser considerados na análise econômica, na forma de multas ou incentivos

EXERCÍCIOS

1) - À medida que a população, o consumo, a produção industrial e as cidades crescem, aumenta-se também a demanda pela água, que é necessária no uso doméstico, nas indústrias, na produção agropecuária etc. No que diz respeito ao consumo de recursos hídricos, assinale a alternativa que expõe onde a água é requerida em maior quantidade:

a) Na criação de animais, para o consumo e para a higienização dos criatórios.

b) Na agricultura, em especial para a irrigação de lavouras.

c) Nas residências, para higiene pessoal, limpeza doméstica e lazer.

d) Na atividade industrial, em especial para controlar temperatura de motores a combustão.

e) No setor de serviços, para irrigar campos de golfe, futebol e manter parques aquáticos.

 

2) - Umas das formas de reduzir o gasto de água na agricultura é a adoção de métodos de irrigação com foco na economia de recursos hídricos. Uma dessas técnicas é a irrigação por gotejamento. Sobre ela, estão corretas as afirmativas a seguir, exceto:

a) A irrigação por gotejamento tem por objetivo o atendimento das necessidades hídricas da plantação sem que haja desperdício ou excessos.

b) O impacto sobre os solos é mínimo, pois não há escoamento superficial da água nem impacto da queda no chão.

c) Com o uso do sistema de irrigação por gotejamento, a água corre por meio de tubos de polietileno sob pressão e, gota a gota, de maneira controlada, atinge a raiz da planta.

d) O nível de aproveitamento da água no sistema de gotejamento é quase total. A evaporação e o desperdício de água são mínimos.

e) Nesse tipo de método de irrigação, há comprometimento maior da fertilização do solo, uma vez que a água depositada na raiz carrega os nutrientes para camadas profundas do subsolo.

 

3) - A irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos que temos muita água, os agricultores que tentam produzir alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competição crescente por água.

MARAFON, G. J. et al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura produziram impactos socioambientais como:

a) redução do custo de produção.

b) agravamento da poluição hídrica.

c) compactação do material do solo.

d) aceleração da fertilização natural.

e) redirecionamento dos cursos fluviais

15 de set. de 2021

América Latina: Economias de base Mineral e Agropecuária

 AMÉRICA LATINA

O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e políticos.

Na América Latina era desenvolvida a agricultura de subsistência, incluindo ainda caça, pesca e coleta. Com a chegada dos colonizadores europeus, grande parte dos países latinos passaram a cultivar produtos destinados à exportação, com o objetivo de obter lucro.

São identificadas duas formas de produção, uma destinada ao mercado externo (monocultura) e outra direcionada ao abastecimento interno (policultura).

Os países latinos são grandes exportadores de produtos primários. Além disso, tiveram uma industrialização tardia em relação às nações desenvolvidas, motivo que fez com que a América Latina se tornasse dependente.

Economia Atual

Recentemente foram realizadas mudanças significativas na agricultura latina que promoveram alterações profundas no espaço e na economia. As mudanças ocorreram em decorrência da inserção de máquinas, tecnologias, implementos, insumos agrícolas (herbicidas, fertilizantes, inseticidas entre outros) e técnicas de manejo, que resultou no aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros. A pecuária ocupa hoje um lugar de destaque, atividade praticada de forma semi-intensiva, são criadas raças bovinas europeias em regiões de clima frio e a raça zebu em áreas de clima tropical.

Outra atividade econômica bastante difundida em praticamente todos os países da América Latina é o extrativismo e a mineração. Existe um grande fluxo comercial desenvolvido internamente entre os componentes latinos, uma vez que há uma dependência em relação a alguns minérios, além da sua exportação para diversos lugares do mundo.

O setor industrial é dividido em indústrias tradicionais e de beneficiamento. Atuam na produção de matéria-prima a partir do beneficiamento de minérios ou produtos agropecuários, incluindo aquelas que produzem bens de consumo, como as tradicionais indústrias alimentícias e têxteis, apesar de alguns países possuírem um setor industrial mais diversificado, que varia desde a indústria de base até a tecnologia de ponta, com essas características temos o Brasil, a Argentina e o México.

JAPÃO

 O Japão, país insular no Oceano Pacífico, tem cidades densas, palácios imperiais, parques nacionais montanhosos e milhares de santuários e templos. Os trens-bala Shinkansen conectam as principais ilhas: Kyushu (com as praias subtropicais de Okinawa), Honshu (onde ficam Tóquio e a sede do memorial da bomba atômica de Hiroshima) e Hokkaido (famosa como destino para a prática de esqui). Tóquio, a capital, é conhecida por seus arranha-céus e lojas e pela cultura pop.

A ilha está localizada entre o Oceano Pacífico e o Mar do Japão. Faz parte do Círculo do Fogo do Pacífico, com grande instabilidade tectônica, atividade vulcânica intensa, além de um solo pobre, com baixa oferta de minérios e combustíveis. O relevo é formado por montanhas e planaltos, sendo que a maioria do território é montanhosa. Na região denominada Chubu em Honshu Central, há uma cadeia de montanhas com mais de 3 mil metros de altura. A mais alta é o Monte Fugi, que tem 3,7 mil metros de altura e está localizado entre as províncias Yamanashi e Shizuoka. Devfido as características do relevo, o Japão é marcado por intensa atividade vulcânica. Existem hoje 80 vulcões ativos no país e a maioria tem capacidade para causar intensa destruição. A atividade sísmica também é intensa em função da energia da crosta terrestre. O último terremoto em larga escala foi registrado em 2001, atingindo 9 graus na escala Richter. Conforme as autoridades japonesas, a quantidade de mortos e desaparecidos chegou a 19 mil pessoas.

Atualmente, o Japão possui a terceira maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China, que o ultrapassou no início do século atual. Seu Produto Interno Bruto (PIB) nominal encontra-se na faixa de 5,6 trilhões de dólares, e a renda per capita é de 43000 dólares. O país, a partir da Segunda Guerra Mundial (quando sofreu com a derrota no conflito e a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki), passou a crescer e a se desenvolver industrialmente, tornando sua economia cada vez mais complexa.

Baseado em um sistema produtivo flexível, o toyotista, o Japão alcançou um bom estágio de crescimento ao longo do século XX, crescendo em taxas superiores aos 5% por ano durante a década de 1970 e tornando-se a segunda maior economia do planeta. O país havia adotado uma linha de compressão do consumo e proteção estatal das grandes empresas. No entanto, a partir dos anos 1990, o modelo japonês de desenvolvimento entrou em crise, em razão de um colapso no sistema financeiro bancário e imobiliário, além do fato de o país ter permitido a associação entre bancos e conglomerados empresariais, o que diminuiu a livre concorrência e a eficiência econômica.

A configuração atual do poder tem se direcionado para um sistema Tripolar desde o começo do século XXI e como protagonistas estão os EUA, a Rússia e a China, comum consequente destaque para o bloco Euroasiático, que será o espaço dos conflitos geopolíticos. Em meio a esse poder crescente o Japão se encontra em vizinhança e em conflito com Rússia e China, e cada vez mais alinhado com os EUA. Esta configuração crescente destes países interfere no equilíbrio do poder e na postura recente do Japão de assegurar uma maior projeção internacional.


26 de ago. de 2021

AFEGANISTÃO

 Afeganistão

Área central da Ásia que foi conquistada por Alexandre da Macedônia (Alexandre III da Macedônia ou Macedónia, comumente conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno, foi rei do reino grego antigo da Macedônia e um membro da dinastia argéada. Nascido em Pela em 356 a.C). Com a queda do Império Bizantino o país viveu regimes monárquicos complexos e não longevos.

1979 - Durante a guerra fria a sociedade afegã entra numa guerra civil opondo dois grupos políticos muito Fortes, os ultradireitistas religiosos islâmicos do Taleban e da al Qaeda, que estavam no poder, e os marxistas, de forte maioria feminina e apoiados pela ex-União Soviética. Nesse conflito os marxistas saem vencedores e instalam uma “democracia socialista” com forte presença das mulheres no governo e levando ao enfraquecimento dos grupos extremistas religiosos que foram perseguidos e mortos, mas seus líderes conseguiram fugir ou se esconder. Foi o período de maior prosperidade econômica, social e dos direitos humanos no Afeganistão.

1992 - Após a queda da União Soviética em 1989, o governo afegão pró-soviético se vê enfraquecido e perde o controle do país trazendo de volta os grupos extremistas radicais islâmicos do Taliban e al Qaeda que passam a controlar o país com forte apoio dos Estados Unidos, que haviam financiado, treinado e militarizado estes grupos por anos, buscando um enfraquecimento da União Soviética. Ao assumirem o poder no Afeganistão, Taliban e Al Qaeda instalam a “sharia”, regime político religioso radical que passou a perseguir principalmente, mulheres e os grupos minoritários, que representavam forte oposição a eles.

2001 – Com o fim da “guerra fria”, o interesse dos Estados Unidos sobre o Afeganistão, praticamente desaparece, e o governo norte-americano, sob forte pressão popular, diminui o apoio financeiro e militar ao Taliban e al Qaeda no Afeganistão, levando esses grupos a declararem os Estados Unidos como inimigos, e passaram a praticar atos terroristas contra os interesses do governo norte-americano pelo mundo, até promoverem os atentados de 11 de setembro, quando conseguiram atingir o coração norte-americano. Os EUA, então declararam guerra ao Taliban e a al Qaeda, Dando início a invasão do Afeganistão e promovendo uma verdadeira caçada aos líderes do Taleban e da al Qaeda, conseguindo então, decapitar Osama Bin Laden e expulsar os líderes, que supostamente, estariam escondidos no Irã e na Rússia.

2021 - Após 20 anos de guerra contra o Taleban e a Al Qaeda, não tendo conseguido vencê-los, os EUA e seus aliados se retirada região e põe fim a guerra. Onde abriram espaço para a retomada do poder por parte dos grupos extremistas religiosos do Taleban e Al Qaeda, que dominaram o país e prometem novamente, governar através da “sharia”, impondo medo e desespero, principalmente às mulheres e aos grupos minoritários.

ATIVIDADE

1) As tropas soviéticas invadiram o Afeganistão apoiando os rebeldes marxistas, em 1979 com um duplo objetivo. Um desses objetivos era o de destituir Hafizullah Amin, então presidente do país. A ideia era colocar Babrak Karmal na presidência. O outro objetivo em perspectiva para os soviéticos era:

a) expulsar as tropas iranianas que haviam invadido o país em 1978.

b) garantir o controle dos poços de petróleo que estavam ao redor de Cabul.

c) impedir o avanço dos rebeldes conhecidos como mujahidin (que vieram a integrar o Taleban e a Al Qaeda).

d) reunificar o país que estava dividido em dois polos apoiados pelos EUA

e) expulsar todos os americanos do Afeganistão.

 

2) As forças rebeldes afegãs, conhecidas como Mujahidin, eram grupos fundamentalistas islâmicos que estavam insatisfeitos com as reformas promovidas pelos comunistas/marxistas no país. Os mujahidin tiveram amplo apoio dos EUA, que forneceu armas e treinamento militar aos rebeldes afegãos. Anos depois, esses fundamentalistas fundaram uma organização terrorista conhecida como:

a) Hezbollah

b) ETA

c) Al-Shabab

d) Boko Haram

e) Talebã

3) Durante a Guerra do Afeganistão (1979-1989), um grupo da CIA conhecido como bleeders ficou bastante conhecido por sua atuação. Qual era o objetivo desse grupo?

a) barrar as negociações de todas as formas possíveis com o objetivo de estender a guerra e assim o desgaste sobre a economia soviética.

b) conquistar o Afeganistão e transformá-lo em uma nação capitalista.

c) aliar-se aos soviéticos e combater os mujahidin, vistos como ameaça ao Ocidente.

d) organizar esforços para contribuir com as negociações de paz.

e) utilizar o Afeganistão como base para missões de espionagem no vizinho, Irã.


19 de abr. de 2021

POPULAÇÃO: Movimentos Migratórios

 Movimentos Migratórios

Os movimentos migratórios são a mudança de indivíduos de um lugar para outro, seja a mudança dentro do próprio território ou para outro país. Leia o resumo e faça os exercícios sobre movimentos migratórios.

O que são Movimentos Migratórios?

Os movimentos migratórios são fenômenos que demonstram a transição de grupos de pessoas de um lugar para outro. Esses movimentos auxiliam na expansão de várias culturas, o que beneficia quem recebe e quem vai para um novo local; ou que prejudica, no caso de culturas bárbaras ou conflitantes em relação ao local onde se chega.

Migrações forçadas e espontâneas

As migrações forçadas, normalmente ocorrem devido a guerra, fome, extermínio, entre outros, o que faz os seus habitantes buscarem novas terras para morar. Vários imigrantes buscam por lugares com melhores condições de vida, por isso a maioria deles são de países mais pobres. Porém, existem também aqueles que migram de um lugar para outro dentro do próprio país, como por exemplo as pessoas que migram por causa de catástrofes naturais, para edificação de novas construções, etc.

A migrações espontâneas são aquelas planejadas e que são originadas por motivos pessoais, seja por insatisfação, sonhos, desejo, economia ou religião.

Quais são os tipos de movimentos migratórios?

Os principais tipos de movimentos migratórios são:

• Migrações internacionais;

• Migrações internas ou nacionais.

Vamos entender quais são as principais características de cada migração.

MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS:

As migrações internacionais são aquelas em que as pessoas se deslocam para outros países e são denominadas imigrantes. O país que recebe os imigrantes é chamado emigrante. MIGRAÇÕES INTERNAS: As migrações internas são o deslocamento de indivíduos dentro do próprio país ou região. Há vários tipos de migração, vamos entender cada uma delas.

Veja alguns exemplos:

• ÊXODO RURAL: Mudança de um conjunto de pessoas (normalmente são famílias) da área rural para os grandes centros urbanos. Os principais objetivos são: novas oportunidades de trabalho, melhoria de vida e a insatisfação de morar no campo;

• ÊXODO URBANO: Deslocamento de um conjunto de pessoas que saem dos grandes centros urbanos e vão para áreas rurais. Normalmente essas pessoas são motivadas pelo desejo de tranquilidade, segurança, conforto, etc.

• TRANSUMÂNCIA: No Brasil a transumância é conhecida como invernada, que é a migração de rebanhos governada pelos donos. Normalmente acontece quando um local sofre alagamento e os animais precisam ser transferidos para outro local até que a situação se estabilize.

• MIGRAÇÕES PENDULARES: São as pessoas que saem de cidades pequenas e vão até os centros urbanos. A maior parte dos indivíduos que fazem esse tipo de migração são estudantes e trabalhadores que se deslocam para trabalhar e estudar.

Sobre os imigrantes

Os imigrantes são conquistados por outros países principalmente pela economia estável, proteção e seguimento dos direitos humanos, segurança, melhor qualidade de vida, oportunidade de trabalho, auxílio para estudo, entre outros. Porém, há também aqueles países que não são os mais desejados pelos imigrantes. Isso ocorre principalmente pela presença de problemas econômicos, conflitos sociais e preconceitos, violência, ausência de segurança, emprego ou até guerras, etc.

Principais movimentos migratórios mundiais:

Estados Unidos e Canadá: O Canadá e os Estados Unidos são alguns dos lugares favoritos dos imigrantes que possuem esperança de melhorar de vida. Porém, aqueles que tentam viver ou entrar ilegalmente, sofrem alta repressão, principalmente pela implementação da política de imigração.

Europa Ocidental: Normalmente, os principais povos que formam a Europa Ocidental e que possuem vontade de imigrar são da África, Europa Oriental e Oriente Médio; porém, há os países que chamam a atenção daqueles que estão imigrando que são Suíça, Suécia, Alemanha, França, Itália e Reino Unido.

Japão: O Japão está sendo alvo de muitos imigrantes, pois há uma grande oferta de trabalho. Vários cidadãos brasileiros estão deixando o país para tentar uma melhor qualidade de vida no Japão.

ATIVIDADES:

1 – (UCB- adaptada) – No que se refere às migrações brasileiras, julgue os itens a seguir:

(     ) A desconcentração industrial é uma das principais causas da freada na migração interna do Brasil.

(     ) Atualmente o Centro-Oeste é a região brasileira que mais retém migrantes.

(     ) A melhoria dos sistemas de transporte e de comunicação aumentou a concentração industrial nos grandes centros urbanos brasileiros, que continuam atraindo grandes contingentes migratórios.

(     ) A transumância é o movimento migratório invertido, ou seja, as pessoas abandonam os grandes centros e buscam fixar-se em cidades pequenas ou médias.

(     ) No movimento pendular, uma determinada população deixa o seu domicílio pela manhã para trabalhar em outra cidade ou região e retorna ao término do dia.

a) V, V, V, F, V.

b) V, V, F, V, V.

c) V, V, F ,F, V.

d) V, V, F, F, F.

e) V, F, F, F, V.

2) Migrações pendulares são:

a) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urbanos.

b) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo.

c) movimentos ligados a atividades pastoris.

d) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local de trabalho.

e) troca de imigrantes entre as grandes regiões.

3) “O Ministério da Justiça brasileira, entre 2009 e o primeiro semestre de 2011, regularizou a permanência no Brasil de 18.004 bolivianos. De acordo com as estatísticas, os bolivianos são a comunidade estrangeira que mais cresce em São Paulo, e a principal motivação para esse deslocamento é a busca por emprego”.

Disponível em Bolivianos no Brasil. Acesso: 08 jul 2013.

Nesse contexto, o deslocamento feito pelos bolivianos

a) coloca-os na condição de imigrantes em território brasileiro.

b) corresponde a um processo de migração pendular.

c) classifica-os como emigrantes no espaço brasileiro.

d) configura um processo de migração sazonal.

4) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau, Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:

a) italianos

b) franceses

c) alemães

d) espanhóis

e) portugueses

5) Faça a distinção entre imigração e emigração:

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16 de abr. de 2021

Fluxos de mercadorias e Comércio Internacional

 Após a Segunda Guerra Mundial houve um “surto” de empresas multinacionais no mundo, sobretudo norte-americanas, europeias e japonesas. Tais empresas contribuíram também para o processo de globalização, interligando países e continentes.

Hoje o mundo está interligado, ou seja, globalizado, diante desse fato há uma grande quantidade de relações comerciais entre os países, gerando o que chamamos de exportação (venda) e importação (compra). Todos os dias acontecem inúmeros negócios de compra e venda, e as mercadorias vendidas ou compradas transitam em diferentes rotas do planeta.

O incremento no comércio internacional ocorreu em razão de dois fatores: a dispersão das empresas multinacionais e evoluções nos meios de transportes (rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário e principalmente marítimo). Ambos favoreceram maior mobilidade de matéria-prima e de produtos (exemplo: bens de consumo, gêneros agrícolas, recursos minerais, entre muitos outros) em toda a face da Terra.

O fluxo de mercadorias em âmbito internacional ocorrem, majoritariamente, por meio do transporte marítimo, que movimenta cerca de 75% do volume de cargas no mundo. Esse meio de transporte tem seu uso difundido no processo de exportação e importação, pelo fato de o mesmo possuir uma elevada capacidade de carga que nenhum outro tem, além do baixo custo por tonelada transportada. Em média, um navio cargueiro pode transportar cerca de 100 mil toneladas.

Um meio de transporte que vem ganhando espaço é o aéreo, o mesmo tem contribuído para o fluxo de mercadorias internacionais. Esse crescimento se deve, principalmente, pelo fato de que esse tipo de transporte é mais dinâmico, ou seja, é mais rápido. Sendo usado, especialmente, em casos em que o produto é perecível ou quando há uma urgência na entrega de um produto. Existem atualmente aviões cargueiros que possui a capacidade de carga de até 100 toneladas, sem contar que o tempo gasto na viagem é relativamente pequeno, por exemplo, o trajeto entre Brasil e Estados Unidos é feito em menos de 12 horas.

Essas informações conduzem a uma reflexão de que o processo de globalização está diretamente ligado aos meios de transportes, os quais permitiram a mobilidade de mercadorias e de pessoas, ligando nações, levando informações, conforto, novidades, entre outros.

Grande parte do fluxo de mercadorias acontece por meio do transporte marítimo.

25 de mar. de 2021

Conceitos de Estado, Nação, Território e país

Os termos Estado, nação, território e país são conceitos chave da Geografia. Muitas vezes são

usados como sinônimos, mas cada termo se refere a conceitos distintos, muito importantes para

entender o mundo atual. Veja a seguir.

O estado

O estado é a forma como a sociedade se organiza politicamente; é o ordenamento jurídico que

regula a convivência dos habitantes de um país. O governo é a forma como as instituições políticas e

administrativas do país produzem as leis (Poder Legislativo), colocam as leis em prática (Poder

Executivo) e garantem sua execução (Poder Judiciário). Além disso, há as forças armadas,

organizações responsáveis pela defesa do território. Para ser reconhecido e respeitado entre os

demais, um Estado busca a sua soberania, ou seja, busca ter plenos poderes para instituir e

administrar as normas e leis que a sociedade deverá seguir em seu território. O Estado soberano é

aquele que não tem de reconhecer nenhum poder superior a ele. Uma nação pode constituir um Estado

soberano. Quando ela ocupa um território e se organiza politicamente, denomina-se Estado-nação. Na

sociedade contemporânea, o Estado-nação é a forma mais difundida de organização da sociedade. Há

Estado-nação que abrangem diversas nações, como o Reino Unido (que reúne as nações inglesa, galesa,

escocesa e norte-irlandesa).

A nação

O termo nação pode ser definido como um coletivo humano com características comuns, como a

língua e a religião. Os membros dessa coletividade estão ligados por laços históricos, étnicos e

culturais. Há nações com um Estado constituído, como a Alemanha, o Japão ou Portugal, e há nações

que almejam constituir-se como Estado, mas ainda não o são, como os tibetanos, na China, e os Curdos,

espalhados entre Turquia, o Irã, o Iraque o Azerbaijão, a Síria e a Armênia.

O território

O território de um país é a base física sobre a qual um Estado exerce sua soberania. O território é

delimitado por limites políticos, que podem ser naturais, como um rio, uma cordilheira, etc., ou

artificiais, estabelecidos com base em outros elementos. De modo geral, os limites políticos dos países

são determinados por traçados tanto naturais quanto artificiais. O território de um país é formado

pelo solo continental e insular, pelo subsolo, pelo espaço aéreo e pelo território marítimo.

O país

Podemos definir país como um território politicamente delimitado, com unidades políticoadministrativas, moeda própria, reconhecimento internacional e, em geral, habitado por uma

comunidade com história própria. Todo país tem um Estado constituído, que exerce soberania perante

outros países e uma Constituição.

 

Exercícios:

 

1) Escreva V para verdadeiro ou F para falso nas afirmações a seguir.

a) ( ) Todo país é um Estado-nação.

b) ( ) O Estado é a forma como a sociedade se organiza politicamente. É o ordenamento jurídico que

regula a convivência dos habitantes de um país.

c) ( ) O Canadá é um exemplo de um Estado sem nação.

d) ( ) Não existe nação sem território próprio.

e) ( ) Os tibetanos constituem um povo sem Estado constituído.

 

2) Preencha as lacunas nas frases deixando a informação completa.

a) O ________________________ é a base física sobre a qual um Estado exerce sua soberania.

b) O ____________________________ é aquele que não tem de reconhecer nenhum poder

superior a ele.

c) O coletivo humano com características comuns, como a língua e a religião pode ser definido como

__________________________.

d) A palavra ____________________corresponde a um país soberano, politicamente organizado

em um território.

e) ______________________ é a autoridade governante de uma nação ou unidade política, que

tem como finalidade regrar e organizar a sociedade.

 

3) Associe cada um dos termos aos seus respectivos conceitos.

(A) Estado (B) Nação (C) Território (D) País

 

a) ( ) Território politicamente delimitado por fronteiras, com unidade político-administrativa, em

geral, habitado por uma comunidade com história própria. Possui um Estado constituído e uma

Constituição.

b) ( ) Base física sobre a qual um Estado exerce sua soberania. Pode ser delimitado por fronteiras

naturais ou artificiais; é formado pelo solo continental e insular, o subsolo, o espaço aéreo e o

território marítimo.

c) ( ) Coletivo humano que possui características comuns, como a língua e a religião. Seus membros

estão ligados por laços históricos, étnicos e culturais.

d) ( ) Ordenamento jurídico que regula a convivência dos habitantes de um país. Dele fazem parte o

poder Legislativo, o poder Executivo e o poder Judiciário. País, nação, território e Estado. 

Categorias e conceitos da Geografia

Os conceitos da Geografia são importantes instrumentos de análise do espaço geográfico, constituído a partir das relações humanas com a natureza.

Geografia é uma ciência humana que estuda o espaço geográfico e suas composições, analisando a interação entre sociedade e natureza. No âmbito desse mérito, essa área do conhecimento utiliza, em suas abordagens, uma série de conceitos que são considerados como basilares para a fundamentação de seus estudos. Trata-se das chamadas categorias da Geografia.

Os principais conceitos da Geografia, nesse sentido, são: lugarpaisagemregião e território.

Lugar: o conceito de lugar para a Geografia está, nas principais abordagens, vinculado a uma análise compreensiva – e, portanto, não objetiva e nem racionalista – da realidade. Nesse sentido, ele se articula a partir da relação ou compreensão do ser diante do espaço geográfico, ou seja, o lugar é o espaço apropriado ou percebido pelas relações humanas.

Sabemos que cada pessoa enxerga o mundo de forma específica, pois isso se relaciona com o conjunto de experiências dos indivíduos ao longo do tempo, suas concepções culturais e seus valores morais e até religiosos. Portanto, as análises geográficas pautadas no conceito de lugar concebem o espaço analisado não de uma maneira direta ou racional, mas por meio da compreensão humana e, muitas vezes, com base em valores afetivos ou de identidade. Esse tipo de análise é mais comum no âmbito da Geografia Cultural e da Geografia da Religião, mas pode envolver outras áreas do saber em questão.

Paisagem: em algumas análises, a paisagem é diretamente definida como o “aquilo que a visão alcança” ou como o “mundo conforme a sua aparência externa”. Portanto, a paisagem costuma ser definida como as formas com que a produção do espaço geográfico revelam-se diante de nossos olhos.

Todavia, outras concepções desse modelo são apresentadas a partir da refutação desse conceito. Em muitas abordagens acadêmicas, concebe-se a paisagem não apenas a partir da visão, mas da multissensorialidade, ou seja, a utilização dos demais sentidos (tato, olfato, paladar e audição). Além disso, a paisagem é, muitas vezes, reveladora de experiências e atrelada a fatores da expressão humana e pessoais, o que dá à paisagem uma dimensão cultural.

Região: o conceito de região é amplamente utilizado no senso comum, sendo geralmente empregado em referência a uma área do espaço mais ou menos delimitada. Na Geografia, a região refere-se a uma porção superficial designada a partir de uma característica que lhe é marcante ou que é escolhida por aquele que concebe a região em questão. Assim, existem regiões naturais, regiões econômicas, regiões políticas, entre muitos outros tipos.

Dessa forma, a região não existe diretamente, mas é uma construção intelectual humana, em uma ideia muito defendida pelo geógrafo estadunidense Richard Hartshorne (1899-1992) com base na filiação filosófica de Immanuel Kant. No âmbito da Literatura, por sua vez, essa noção está vinculada ao conceito de regionalismo, que expressa o conjunto de costumes, expressões linguísticas e outros valores que apresentam variação entre uma região e outra, dando uma identidade coletiva para os diferentes lugares.

Território: muito utilizado no âmbito da política, o território é comumente entendido como uma área delimitada por fronteiras. No entanto, nem sempre essas fronteiras são visíveis ou bem delineadas. Na maioria das abordagens geográficas, o conceito de território está relacionado com uma configuração de poder. É portanto, uma área apropriada, uma porção do espaço geográfico onde uma relação hierárquica estabelece-se.

O território possui uma característica importante, que é a sua multiplicidade em termos de tipificações e de escala. Ele pode abranger desde uma área muito restrita, como uma rua ou um terreno qualquer, até uma coalizão internacional composta por forças militares de diversos países. Ao mesmo tempo, seus tipos envolvem territorialidades militares, jurídicas (vinculadas ao Estado), naturais, culturais e até criminais, como os territórios do tráfico de drogas ou de grupos mafiosos.

Por fim, o saber geográfico articula-se a partir de conceitos e categorias básicos sobre o espaço geográfico

Formação do território brasileiro

A formação do território brasileiro começou antes da chegada dos portugueses.

Para evitar conflitos entre Espanha e Portugal, os dois países assinaram o Tratado de Tordesilhas (1494). Este estabelecia os limites das terras a serem ocupadas e exploradas na América.

A primeira região a ser povoada pelos portugueses foi o litoral, especialmente o nordestino. Ali se estabeleceram as plantações de cana de açúcar, os engenhos, e os portos.

Paralelo a isso, os colonos organizavam expedições em busca de mão de obra, metais e pedras preciosas.

O território brasileiro no período colonial

O Tratado de Tordesilhas obrigava os portugueses a permanecerem no litoral. Com isso, a primeira atividade econômica foi a exploração do pau-brasil e em seguida, o plantio da cana de açúcar.

Observe o aspecto do mapa brasileiro com os limites do Tratado de Tordesilhas e as capitanias hereditárias:



Com a União Ibérica (1580-1640), o Tratado de Tordesilhas deixa de ter validade. Desta maneira, os colonos portugueses podem ir para o interior. Com isso, encontram ouro e pedras preciosas nas regiões hoje conhecidas como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

Com o fim da União Ibérica e o restabelecimento da monarquia em Portugal, os portugueses se expandem para o sul e fundam a Colônia do Sacramento, em 1680. A fim de resguardar aquelas terras, os espanhóis respondem criando Os Sete Povos das Missões onde jesuítas e índios guaranis viveriam.

Posteriormente, começa na Europa a Guerra de Sucessão (1700-1713), uma disputa entre as potências europeias para escolher o próximo soberano espanhol. Esta briga se refletiria também nas colônias americanas e mudaria o os limites do Brasil.

Com o fim do conflito é assinado o Tratado de Utretch, o qual estabelecia:

  • as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa
  • o Amapá, disputado entre França e Portugal, foi reconhecido como português
  • a Colônia do Sacramento foi entregue à Espanha
  • a área ocupada pelos Sete Povos das Missões foi cedido a Portugal.

Formação territorial do Brasil no século XIX

Com a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, o território do Brasil sofreu novas alterações.

A atividade mineradora perdeu força e o café passou ser o principal produto de exportação do Brasil. Com isso, os estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo ganharam importância.

A Banda Oriental do Uruguai foi incorporada ao Brasil como Província da Cisplatina e a Guiana Francesa foi ocupada militarmente. Em 1817, o Brasil deixa a Guiana Francesa, mas obtém o reconhecimento da posse da foz do Amazonas.

Após a independência, porém, as Províncias Unidas do Rio da Prata, alegam que a área da Cisplatina lhes pertencia e tem início a Guerra da Cisplatina (1825-1828). A solução é a criação de um Estado independente, a República Oriental do Uruguai.

Nesta época, se registram a criação das províncias de Alagoas (1817), Sergipe (1820), Amazonas (1850) e Paraná (1853).



Organização do território brasileiro no século XX

Com a proclamação da República, em 1889, as províncias passam a se denominar "estados".

O Brasil aumentou de tamanho durante o século XX. A França alegava que parte do Amapá lhe pertencia, pois não reconhecia o rio Oiapoque como fronteira.

Em maio de 1900, após disputas diplomáticas lideradas pelo barão do Rio Branco, a questão foi resolvida a favor do Brasil e uma faixa de terra de 250.000 km² foi incorporado ao estado do Pará.

No entanto, o principal conflito territorial foi registrado com a Bolívia.

Ambos os países se enfrentavam pela região onde atualmente é o estado do Acre. O confronto deu origem a Revolução Acreana e terminou com a incorporação destas terras pelo Brasil. Através do Tratado de Petrópolis, a Bolívia foi indenizada e a ferrovia Madeira-Mamoré foi construída.

Observe no mapa abaixo o aspecto do território brasileiro em 1922.


Mapa do Brasil em 1922

No século XX, observamos a reorganização territorial do Brasil com a criação de novos estados como o Território Federal do Guaporé (1943), Mato Grosso do Sul (1977) e Tocantins (1988). Isso respondia ao crescimento da população e também tinha o objetivo de melhorar a administração local.

O Território Federal do Guaporé passou a ser o estado de Rondônia, em 1982. Por sua vez, Amapá e Roraima foram elevados à categoria de estados em 1988.

18 de mar. de 2021

A globalização, ou mundialização Cultural

 A globalização, ou mundialização, é um processo em que os fenômenos (economia, política, cultura, questão ambiental) passam a ocorrer em uma escala global. Do ponto de vista histórico, essa globalização inicia-se com as Grandes Navegações. Do ponto de vista geográfico, a intensificação desse processo é mais atual e ocorre após a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria.

A base técnica da globalização corresponde aos transportes e comunicações. As transformações observadas nas últimas décadas nesses setores, como o processo de conteinerização (uso de contêineres para o transporte de mercadorias) e o desenvolvimento da fibra óptica, possibilitaram o “encurtamento das distâncias” e a expansão do comércio mundial. Na ponta desse processo, estão as empresas transnacionais. Elas são os principais agentes da globalização, carregando consigo seus produtos e suas marcas para o mundo. Segundo alguns estudiosos, a intensificação dessas trocas criaria uma “aldeia global”, isto é, uma cultura global e padronizada. Todos beberiam o mesmo refrigerante, comeriam a mesma comida, usariam a blusa da mesma marca... Entretanto, a forte identidade nacional permitiu ou intensificou outros fenômenos, como o hibridismo cultural (trocas culturais formam novas características culturais) e o choque de civilizações (culturas diferentes entram em conflito devido a essas diferenças). Assim, esse conceito de aldeia global não se confirmou.

Mapa mental – Globalização
 
 Globalização Cultural
A globalização possui seu caráter econômico e cultural. Vamos nos focar no último aspecto, embora a produção econômica sirva também para influenciar, modificar e disseminar culturas. Os produtos também são reflexo de uma cultura e condicionam tendências e comportamentos.
Podemos entender cultura como
Cultura: conjunto de características (como linguagem, hábitos, história, comportamento social, leis, culinária, tipo de vida, atividades econômicas exercidas, ciência, valores morais... ) de determinadas sociedades.
Globalização: processo no qual os fenômenos (econômicos, culturais, históricos, sociais, ambientais...) passam a ocorrer em escala global.
Como dito, o processo de globalização se intensifica com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e transporte, no pós guerra fria. Os mercados ficam mais conectados, as empresas tem atuação global, e os fenômenos culturais, antes muito locais, começam a sentir esse processo de diversas formas que iremos conceituar aqui. A globalização acaba dar um ganho de escala as culturas, ampliando as trocas e choques culturais.
Acontece que essa troca não acontece de forma simétrica. Há inegavelmente um amplo domínio dos grandes centros produtores de influência. Não são todos os países que conseguem projetar sua cultura para os demais no mundo moderno. Quem guiou o processo de organização da nova ordem mundial foi o grande vencedor da guerra fria, os Estados Unidos. Não por coincidência que a projeção que a cultura norte americana tem é muito maior do que de demais países. Por exemplo: é possível que você, aluno brasileiro, já tenha visto mais filmes americanos do que brasileiros. Quando assistimos um filme estamos identificando e apreendendo diversos traços culturais e hábitos, o que influencia no comportamento de demais culturas.
Deter a capacidade técnica para tal projeção é um fator determinante para esse processo, que gera a disseminação de um padrão de desenvolvimento, que no geral aprofundamos no estudo do caráter econômico da globalização neoliberal. De todo modo, são centros de influência e centros econômicos que criam produtos e lançam tendências, estabelecendo também bases empresariais e produtivas em diversos territórios internacionais. As tecnologias de comunicação acentuam essa influência numa escala global de forma instantânea a exemplo dos celulares e das redes sociais.
Aldeia Global; a ideia de que há um encurtamento de distâncias metafórico, por conta da disseminação midiática na globalização, onde um evento se torna de conhecimento de todos rapidamente. Como numa grande aldeia, a cultura e as notícias se disseminam muito rapidamente, atingindo a todos.
Mas ai vem a pergunta; a influência cultural de determinadas nações seria capaz de criar uma homogeneização das culturas?
Na verdade o que ocorre é um hibridismo cultural, onde culturas se misturam. Por exemplo: existem palavras em inglês comumente usadas hoje no português como "mouse" ou "hambúrguer" mas isso não homogeneíza nossa cultura, pelo contrário, é incorporado a nossa cultura, criando novos significados.
Porém, para algumas culturas no mundo, a cultura americana é muito diferente, e a necessidade por um protecionismo e maior resistência cultural pode agravar conflitos entre países. Não são todos os países que aceitam essa influência e modelo de desenvolvimento de forma tão fácil. Mas, o capitalismo e a produção dos países hegemônicos também se adapta a especificidades culturais para se fazerem presentes em identidades nacionais muito diferentes.

As identidades nacionais porém continuam existindo, mesmo nesse mundo globalizado e comunicativo de uma aldeia global. São essas identidades nacionais que impedem a ideia de homogeneização cultural, por mais que um determinado e controverso padrão de desenvolvimento tente se disseminar em larga escala pelo mundo. O medo de perder traços de sua cultura por uma cultura estrangeira remete ao conceito de aculturação, que é quando um traço de uma determinada cultura se perde com o tempo. O desenvolvimento tecnológico causa esse fenômeno com frequência. Ao mesmo tempo, esse receio mencionado aumenta com a globalização e pode motivar xenofobias.

fonte: https://descomplica.com.br/d/vs/aula/globalizacao-cultural/#:~:text=A%20globaliza%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20%C3%A9%20um,identidade%20nacional%2C%20entre%20outros%20conceitos.