Prof.Marcelo Castro

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De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

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15 de set. de 2021

América Latina: Economias de base Mineral e Agropecuária

 AMÉRICA LATINA

O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e políticos.

Na América Latina era desenvolvida a agricultura de subsistência, incluindo ainda caça, pesca e coleta. Com a chegada dos colonizadores europeus, grande parte dos países latinos passaram a cultivar produtos destinados à exportação, com o objetivo de obter lucro.

São identificadas duas formas de produção, uma destinada ao mercado externo (monocultura) e outra direcionada ao abastecimento interno (policultura).

Os países latinos são grandes exportadores de produtos primários. Além disso, tiveram uma industrialização tardia em relação às nações desenvolvidas, motivo que fez com que a América Latina se tornasse dependente.

Economia Atual

Recentemente foram realizadas mudanças significativas na agricultura latina que promoveram alterações profundas no espaço e na economia. As mudanças ocorreram em decorrência da inserção de máquinas, tecnologias, implementos, insumos agrícolas (herbicidas, fertilizantes, inseticidas entre outros) e técnicas de manejo, que resultou no aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros. A pecuária ocupa hoje um lugar de destaque, atividade praticada de forma semi-intensiva, são criadas raças bovinas europeias em regiões de clima frio e a raça zebu em áreas de clima tropical.

Outra atividade econômica bastante difundida em praticamente todos os países da América Latina é o extrativismo e a mineração. Existe um grande fluxo comercial desenvolvido internamente entre os componentes latinos, uma vez que há uma dependência em relação a alguns minérios, além da sua exportação para diversos lugares do mundo.

O setor industrial é dividido em indústrias tradicionais e de beneficiamento. Atuam na produção de matéria-prima a partir do beneficiamento de minérios ou produtos agropecuários, incluindo aquelas que produzem bens de consumo, como as tradicionais indústrias alimentícias e têxteis, apesar de alguns países possuírem um setor industrial mais diversificado, que varia desde a indústria de base até a tecnologia de ponta, com essas características temos o Brasil, a Argentina e o México.

JAPÃO

 O Japão, país insular no Oceano Pacífico, tem cidades densas, palácios imperiais, parques nacionais montanhosos e milhares de santuários e templos. Os trens-bala Shinkansen conectam as principais ilhas: Kyushu (com as praias subtropicais de Okinawa), Honshu (onde ficam Tóquio e a sede do memorial da bomba atômica de Hiroshima) e Hokkaido (famosa como destino para a prática de esqui). Tóquio, a capital, é conhecida por seus arranha-céus e lojas e pela cultura pop.

A ilha está localizada entre o Oceano Pacífico e o Mar do Japão. Faz parte do Círculo do Fogo do Pacífico, com grande instabilidade tectônica, atividade vulcânica intensa, além de um solo pobre, com baixa oferta de minérios e combustíveis. O relevo é formado por montanhas e planaltos, sendo que a maioria do território é montanhosa. Na região denominada Chubu em Honshu Central, há uma cadeia de montanhas com mais de 3 mil metros de altura. A mais alta é o Monte Fugi, que tem 3,7 mil metros de altura e está localizado entre as províncias Yamanashi e Shizuoka. Devfido as características do relevo, o Japão é marcado por intensa atividade vulcânica. Existem hoje 80 vulcões ativos no país e a maioria tem capacidade para causar intensa destruição. A atividade sísmica também é intensa em função da energia da crosta terrestre. O último terremoto em larga escala foi registrado em 2001, atingindo 9 graus na escala Richter. Conforme as autoridades japonesas, a quantidade de mortos e desaparecidos chegou a 19 mil pessoas.

Atualmente, o Japão possui a terceira maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China, que o ultrapassou no início do século atual. Seu Produto Interno Bruto (PIB) nominal encontra-se na faixa de 5,6 trilhões de dólares, e a renda per capita é de 43000 dólares. O país, a partir da Segunda Guerra Mundial (quando sofreu com a derrota no conflito e a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki), passou a crescer e a se desenvolver industrialmente, tornando sua economia cada vez mais complexa.

Baseado em um sistema produtivo flexível, o toyotista, o Japão alcançou um bom estágio de crescimento ao longo do século XX, crescendo em taxas superiores aos 5% por ano durante a década de 1970 e tornando-se a segunda maior economia do planeta. O país havia adotado uma linha de compressão do consumo e proteção estatal das grandes empresas. No entanto, a partir dos anos 1990, o modelo japonês de desenvolvimento entrou em crise, em razão de um colapso no sistema financeiro bancário e imobiliário, além do fato de o país ter permitido a associação entre bancos e conglomerados empresariais, o que diminuiu a livre concorrência e a eficiência econômica.

A configuração atual do poder tem se direcionado para um sistema Tripolar desde o começo do século XXI e como protagonistas estão os EUA, a Rússia e a China, comum consequente destaque para o bloco Euroasiático, que será o espaço dos conflitos geopolíticos. Em meio a esse poder crescente o Japão se encontra em vizinhança e em conflito com Rússia e China, e cada vez mais alinhado com os EUA. Esta configuração crescente destes países interfere no equilíbrio do poder e na postura recente do Japão de assegurar uma maior projeção internacional.