Prof.Marcelo Castro

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De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

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2 de dez. de 2020

Cultura africana

 Cultura africana

 Cultura africana é vasta e diversificada, dotada de uma enorme riqueza imaterial, fator que se explica tanto pela diversidade de etnias presentes na África quanto pela influência de povos do Oriente Médio e europeus que tiveram contato com os africanos ao longo da história. A combinação dos fatores migratórios, da colonização europeia e da diversidade étnica no interior do continente fez com que a África seja atualmente um continente em que se fala vários idiomas e cultua-se várias religiões e que se caracteriza por ser pluricultural.

Diversidade cultural da África

O continente africano pode ser dividido geopoliticamente em duas grandes faixas de terra: a África saariana (região norte) e a África subsaariana (região sul). Ambas são regiões de diversidade cultural, mas a porção sul do continente é mais diversificada e contém a maior parte da população.

A região norte, saariana, manteve, ao longo da história, contatos forçados e espontâneos com povos fenícios, turcos, árabes, romanos, gregos e do extremo oriente. Ela é situada numa área árida, logo acima do Deserto do Saara, e é composta por países como Egito, Marrocos, Tunísia, Líbia e Argélia.

Vivem nessa porção de terras cerca de 30% da população do continente, e a maioria desses habitantes cultua o islamismo, seguida por uma minoria cristã. A pessoas que lá vivem têm traços fenotípicos peculiares, oriundos da mistura entre povos do Oriente Médio, negros e brancos, sendo que elas não são brancas como os povos naturais da Europa ou negras como os povos naturais da África subsaariana.

Antes de entendermos a diversidade cultural da África subsaariana, devemos desfazer um preconceito que muitos carregam consigo sobre a porção sul do continente. A miséria, a fome, as doenças e a desigualdade social não fazem parte da história antiga da África.

A África subsaariana é composta por povos de várias etnias diferentes que levavam um modo de vida tribal. Dentre as várias etnias, destacamos os povos Bantos, Nagô e Jeje, trazidos para o Brasil durante o Período Colonial. Era comum a guerra entre as tribos, e essas cultuavam diferentes religiões com uma matriz parecida, baseada no culto aos orixás — entidades que na mitologia africana têm um contato espiritual com a natureza e representam a ligação e a proteção dos elementos naturais ou dos seres humanos.

Atualmente, há uma grande parcela da população do sul da África que mantém as suas raízes e cultua as religiões tradicionais, mas também há um número expressivo de muçulmanos e cristãos vivendo na região, o que causa conflitos religiosos oriundos do preconceito e da intolerância, sobretudo por parte dos cristãos e muçulmanos.

As mazelas que atingem o povo africano nos dias de hoje são resultantes do processo de colonização em dois ciclos:

Colonialismo

Liderado sobretudo por Portugal e Espanha, buscou na África subsaariana pessoas para serem escravizadas nas colônias e satisfazerem as necessidades de mão de obra agrícola e da mineração. Nesse processo, assim como os países europeus tomaram riquezas naturais de suas colônias situadas nas Américas, também confiscaram riquezas naturais africanas.

Outra característica dessa primeira colonização foi o acirramento intencional, por parte dos europeus, de conflitos internos entre as tribos africanas, a fim de conseguir, por meio de acordos com as tribos vencedoras, a captura dos escravos vencidos na guerra para que fossem enviados para as colônias. Era um costume comum entre as tribos que os vencedores capturassem os vencidos como escravos.

Esse sistema de escravidão era, no entanto, bem diferente da escravidão de viés europeu, pois os africanos viam-se, mesmo em uma relação de senhor e escravo, como iguais, enquanto os europeus enxergavam os africanos como inferiores.

Neocolonialismo

O neocolonialismo (ou imperialismo) foi uma segunda onda de colonização que literalmente dividiu a África subsaariana e alguns países da Ásia e Oceania entre as principais potências europeias. A maior parte do continente africano ficou sob o domínio da Inglaterra, havendo também países sob os domínios português e francês. Esse fator ocasionou uma divisão de fronteiras e formação de Estados nacionais na região.

O problema é que esses Estados abrigavam diversas etnias e tribos diferentes, com religiões e culturas diferentes, e que eram historicamente inimigas. Isso ocasionou diversos conflitos internos e guerras civis que marcaram a história do continente e contribuíram para a pobreza da população local. Outros fatores que ocasionaram a miséria foram a retirada desenfreada de recursos naturais oriundos da mineração, como ouro e diamantes, e a caça, que esgotaram os recursos naturais em diversos locais do continente.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-africana.htm

 

Após ler o texto, responda as questões:

1)      Faça uma diferenciação entre as regiões Norte e Subsaariana do continente Africano:

2)      O que foi o Neocolonialismo na África?

3)      Como se caracteriza a cultura Africana?

4)      É possível identificar traços da cultura africana ainda hoje, no Brasil? Quais?

 

26 de nov. de 2020

O mundo pós-americano (Uma novíssima "Ordem Mundial"?)

 O mundo pós-americano (introdução)

Como a globalização, impulsionada pelos Estados Unidos, está produzindo potências emergentes - que começam a mudar o equilíbrio político mundial Os americanos andam mal-humorados. Em abril, uma pesquisa revelou que 81% da população acredita que o país está “no caminho errado”. Nos 25 anos em que a pesquisa é feita, a resposta do mês passado foi, de longe, a mais negativa. Há razões para pessimismo – um pânico financeiro e a ameaça de uma recessão, uma guerra aparentemente infindável no Iraque e a ameaça do terrorismo. Porém, os fatos – índice de desemprego, número de execuções hipotecárias, mortes por terrorismo – não são tão ruins para explicar o mal-estar. A ansiedade brota de uma sensação de que forças poderosas e desagregadoras estão agindo no mundo. Em quase todos os aspectos da vida, padrões do passado estão sendo embaralhados. “Turbilhão é rei, tendo expulsado Zeus”, escreveu o dramaturgo grego Aristófanes há 2.400 anos. E – pela primeira vez na memória viva – os Estados Unidos não parecem liderar o ataque. Os americanos percebem que um novo mundo está nascendo, mas temem que ele esteja sendo formado em terras distantes e por povos estrangeiros. O prédio mais alto do mundo fica em Taiwan. A maior empresa do mercado acionário está em Pequim. A maior refinaria do mundo está sendo construída na Índia. O maior avião de passageiros é feito na Europa. O maior fundo de investimentos do planeta está em Abu Dhabi, e a maior indústria cinematográfica é Bollywood, Índia. Ícones americanos foram usurpados: a maior roda-gigante do mundo fica em Cingapura, o maior cassino está em Macau. Apenas duas das dez pessoas mais ricas do planeta são americanas. Essas listas são arbitrárias e um tanto tolas, mas há apenas dez anos os EUA teriam encabeçado quase todas. Esses factóides refletem um deslocamento de poder e atitudes. Nos EUA, ainda se debate o antiamericanismo. O mundo passou do antiamericanismo para o pós-americanismo.

I. O FIM DA PAZ AMERICANA

Na década de 1980, quando eu visitava a Índia – onde cresci –, a maioria dos indianos estava fascinada pelos EUA. Freqüentemente me perguntavam sobre... Donald Trump. Arrojado, rico e moderno, ele simbolizava a sensação de que, se você quisesse o maior e melhor de qualquer coisa, tinha de olhar para os EUA. Hoje, fora os personagens do mundo do entretenimento, não existe interesse comparável por personalidades americanas. Existem dezenas de empresários indianos mais ricos que Trump. Os indianos são obcecados por seus próprios bilionários vulgares. E esse recém-descoberto interesse em sua própria história ocorre em todo o mundo.
Considere o seguinte: em 2006 e 2007, a economia de 124 países cresceu mais de 4% ao ano. O economista Antoine van Agtmael, que cunhou o termo “mercados emergentes”, identificou 25 empresas que provavelmente serão as próximas grandes multinacionais. Brasil, México, Coréia do Sul e Taiwan têm quatro empresas cada um; Índia, três; China, duas; e Argentina, Chile, Malásia e África do Sul, uma cada um. É muito mais que a ascensão da China ou da Ásia. É a ascensão do resto – do resto do mundo.
Vivemos o terceiro grande deslocamento de poder da história moderna. O primeiro foi a ascensão do Ocidente, por volta do século XV, que produziu o mundo como o conhecemos hoje – ciência e tecnologia, comércio e capitalismo, as revoluções industrial e agrícola. O segundo ocorreu no fim do século XIX, com a ascensão dos EUA. Nos últimos 20 anos, o status americano de superpotência em todas as esferas passou praticamente incontestado. Durante essa “Pax Americana”, a economia global se acelerou drasticamente. E essa expansão é a mola propulsora por trás do terceiro grande deslocamento de poder – a ascensão do resto.
Militar e politicamente continuamos em um mundo unipolar. Mas, em todas as outras dimensões, a distribuição do poder está se distanciando do domínio americano. Isso produzirá uma paisagem bastante diferente, uma paisagem definida e dirigida a partir de muitos lugares e por muitos povos.
O mundo pós-americano é uma perspectiva inquietante para os americanos, mas não será definido pelo declínio dos EUA, e sim pela ascensão dos outros países. É o resultado de tendências dos últimos 20 anos que criaram um clima internacional de paz e prosperidade.
Eu sei. Não é o mundo que as pessoas percebem. Dizem que vivemos tempos perigosos. Terrorismo, Estados bandidos, proliferação nuclear, pânico financeiro, recessão, terceirização, imigrantes ilegais, tudo figura com destaque no discurso americano. A Al Qaeda, o Irã, a Coréia do Norte, a China e a Rússia, todos são ameaças. Mas, quão violento é o mundo realmente?
Uma equipe da Universidade de Maryland rastreia mortes causadas pela violência organizada. Os dados mostram que todos os tipos de guerra declinam desde meados da década de 1980 e que atualmente desfrutamos os níveis mais baixos de violência desde a década de 1950. As mortes resultantes do terrorismo têm aumentado. Mas um exame mais minucioso mostra que 80% dessas fatalidades são no Afeganistão e no Iraque, zonas de guerra – e os números totais permanecem pequenos. O polivalente professor de Harvard Steven Pinker arriscou-se a especular que provavelmente vivemos “na era mais pacífica da existência de nossa espécie”.
Por que não é essa a sensação? Parte do problema é a quantidade de informações. Os últimos 20 anos produziram uma revolução de informação que traz notícias e imagens de todo o mundo o tempo todo. A divulgação quase instantânea das imagens e a intensidade do ciclo noticioso de 24 horas se combinam para produzir uma constante tensão. Qualquer perturbação climática é “a tempestade da década”. Toda bomba que explode é NOTÍCIA EXTRAORDINÁRIA. E, como a revolução da informação é nova, estamos apenas começando a descobrir como colocar tudo dentro do contexto. O risco de morrer em um ataque terrorista para um americano é menor que morrer afogado na banheira. Mas a sensação não é essa.
As ameaças são reais. Os jihadistas islâmicos são um bando sórdido. Mas está cada vez mais claro que representam uma minúscula fração do 1,3 bilhão de muçulmanos do mundo. Eles podem causar danos muito reais. No entanto, os esforços dos governos do mundo puseram-nos para correr. Os jihadistas foram obrigados a se dispersar, operar em pequenas células e usar armas simples. Eles não têm sido capazes de atingir alvos grandes, especialmente os americanos. Então explodem bombas em cafés, mercados e estações de metrô. Ao fazer isso, matam habitantes locais e afastam muçulmanos comuns. Acompanhe as pesquisas de opinião pública. O apoio à violência caiu drasticamente nos últimos cinco anos nos países muçulmanos.
Desde o 11 de setembro, a Al Qaeda dirigida por Osama Bin Laden não foi capaz de desfechar um único ataque terrorista de grandes proporções no Ocidente ou em qualquer país árabe – seus alvos originais. O fato de terem sido silenciados por quase sete anos mostra que, na batalha entre governos e grupos terroristas, os primeiros não precisam se desesperar.
Alguns apontam para países como o Irã. Esses Estados bandidos constituem problemas reais, mas olhe o contexto. A economia americana é 68 vezes maior que a do Irã. Seu orçamento militar é 110 vezes o dos mulás. Não se compara aos perigos representados por uma Alemanha em ascensão na primeira metade do século XX ou uma União Soviética expansionista na segunda metade. Se hoje fosse 1938, o Irã seria a Romênia, não a Alemanha.
Outros pintam um mundo de ditadores em ação. A China, a Rússia e vários potentados petrolíferos estão ganhando força. Temos de nos engajar em uma luta maniqueísta que definirá o próximo século. Mas as potências ascendentes de hoje são relativamente benignas. No passado, quando os países enriqueciam, eles queriam se tornar potências militares, derrubar a ordem existente e criar seus próprios impérios. Mas, desde a ascensão do Japão e da Alemanha nas décadas de 1960 e 1970, eles optam por enriquecer dentro da ordem existente. A China e a Índia estão nessa direção.
Compare a Rússia e a China com o ponto em que estavam há 35 anos. Naquela época, ambas eram potências ameaçadoras, conspirando contra os EUA, financiando insurgências e guerras civis. Agora, os dois países estão mais integrados na economia global que em qualquer momento dos últimos cem anos. Qual é seu potencial para causar problemas? Os gastos militares da Rússia são da ordem de US$ 35 bilhões, ou 0,05% do que o Pentágono gasta. A China tem cerca de 20 mísseis nucleares que podem alcançar os EUA. Os americanos têm 830 mísseis que podem chegar à China. Quem deve se preocupar com quem?

II. AS BOAS NOTÍCIAS

Em julho de 2006, falei com um membro do governo israelense, pouco depois da guerra entre Israel e o Hezbollah. Ele estava genuinamente preocupado com a segurança do país. Então perguntei sobre a economia. “Isso nos deixou perplexos”, disse ele. “O mercado de ações estava mais alto no último dia da guerra que no primeiro!” O governo estava assombrado, mas o mercado não.
A Guerra do Iraque produziu um caos. Mais de 2 milhões de refugiados se amontoaram em países vizinhos. Mas, ao viajar pelo Oriente Médio nos últimos anos, me dei conta de quão pouco os problemas do Iraque desestabilizaram a região. As pessoas denunciam furiosamente a política externa dos EUA. Mas os vizinhos do Iraque – Turquia, Jordânia e Arábia Saudita – desfrutam de uma prosperidade sem precedente. Os países do Golfo estão modernizando suas economias e sociedades. Há pouca evidência de instabilidade e fundamentalismo.
Pela primeira vez na história, a maioria dos países do mundo pratica uma economia sensata. Os resultados são claros. A porção de pessoas que viviam com US$ 1 por dia despencou de 40%, em 1981, para 18% em 2004. A pobreza está em declínio em países que abrigam 80% da população mundial. A economia global mais que dobrou nos últimos 15 anos! O comércio global cresceu 133% no mesmo período. A expansão do bolo econômico global se tornou a força dominante. Guerras, terrorismo e conflitos causam rupturas temporárias, mas eventualmente são dominados pelas ondas da globalização. Essas circunstâncias podem não durar, mas vale a pena compreender a aparência do mundo nas últimas poucas décadas.

III. UM NOVO NACIONALISMO

Evidentemente, o crescimento global também é responsável por problemas. Ele produziu toneladas de dinheiro. A combinação de uma inflação baixa e muito dinheiro significou baixas taxas de juros, e isso fez com que as pessoas agissem gananciosa e/ou estupidamente. Então, testemunhamos uma série de bolhas. O crescimento também explica a disparada dos preços de commodities. Quase todas as commodities estão numa alta recorde de 200 anos. Os alimentos, que há algumas décadas corriam risco de sofrer um colapso de preços, estão numa assustadora alta. Nada disso se deve a uma diminuição de abastecimento. É a crescente demanda global que inflaciona os preços. O fato de mais e mais pessoas comerem, beberem, lavarem, dirigirem, consumirem terá efeitos sísmicos no sistema global. Podem ser bons problemas, mas são problemas.
O efeito mais imediato é o surgimento de novos motores econômicos. Nos últimos séculos, os países mais ricos do mundo têm sido muito pequenos em termos de população. A Dinamarca tem 5,5 milhões de habitantes, os Países Baixos 16,6 milhões. Os EUA são o maior do grupo e dominaram o avançado mundo industrial. Outros gigantes, porém – China, Índia e Brasil –, têm sido incapazes ou relutantes em se juntar às economias funcionais. Agora estão se mexendo e, dadas suas dimensões, deixarão uma grande pegada no mapa do futuro. Mesmo que as pessoas nesses países continuem relativamente pobres, como nações sua riqueza total será maciça. Qualquer número multiplicado por 2,5 bilhões (a soma das populações da China e da Índia) torna-se um número muito grande.
A ascensão da China e da Índia é apenas a manifestação mais óbvia de um mundo em ascensão. Em dezenas de países grandes, podem-se ver uma economia ascendente, uma cultura vibrante e um crescente orgulho nacional. Esse orgulho pode se transformar em algo mais feio. Para mim, isso ficou vivamente ilustrado há alguns anos quando conversava com um jovem executivo chinês em Xangai. Ele trajava roupas ocidentais, falava inglês e estava imerso na cultura pop. Era um produto da globalização. Até começarmos a falar sobre Taiwan, o Japão e os EUA. Suas respostas eram cheias de s paixão, belicosidade e intolerância. Senti-me na Alemanha de 1910, falando com um jovem alemão, que teria sido igualmente moderno e nacionalista.
Perspectivas nacionais divergentes sempre existiram. Mas hoje, graças à revolução da informação, elas são amplificadas, repetidas e disseminadas. O resultado é que o “resto” agora está dissecando as suposições e narrativas do Ocidente e fornecendo opiniões alternativas. Um jovem diplomata chinês me disse em 2006: “Quando vocês nos dizem que apoiamos uma ditadura no Sudão para ter acesso a seu petróleo, pergunto qual a diferença para seu apoio a uma monarquia medieval na Arábia Saudita? Nós vemos a hipocrisia, só não dizemos nada – ainda”.
Como conseguir que um mundo de muitos atores trabalhe em conjunto? Os mecanismos tradicionais de cooperação internacional estão desgastados. O Conselho de Segurança da ONU tem como membros permanentes os vencedores de uma guerra que acabou há mais de 60 anos. O G8 não inclui a China, a Índia ou o Brasil – as três grandes economias que mais crescem no mundo – e mesmo assim alega representar os propulsores da economia mundial. As únicas soluções que funcionarão serão as que envolverem muitas nações.

IV. O PRÓXIMO SÉCULO AMERICANO

Muitos olham para este mundo emergente e concluem que os EUA já passaram por seus dias de glória. Mas, nos últimos 20 anos, os EUA se beneficiaram maciçamente da globalização. O país desfrutou de um crescimento robusto, baixos índices de desemprego e inflação, e recebeu centenas de bilhões de dólares em investimentos. Suas empresas entraram em novos países e indústrias com grande sucesso, usando cadeias de abastecimento e tecnologia globais para permanecer na vanguarda da eficiência.
Atualmente, os EUA figuram como a economia mais competitiva do globo, segundo o Fórum Econômico Mundial. Suas universidades são as melhores do mundo. Em 2004, a Fundação Nacional de Ciências afirmou que 950 mil engenheiros se formaram na China e na Índia, enquanto apenas 70 mil se graduaram nos EUA. Se você excluir os mecânicos e técnicos de carros, que são contados como engenheiros nas estatísticas chinesas e indianas, os números assumem um aspecto bem diferente. Os EUA treinam mais engenheiros per capita que qualquer gigante asiático.
Mas o segredo oculto dos EUA é que a maioria desses engenheiros é imigrante. Estrangeiros e imigrantes compõem quase 50% dos pesquisadores no país. Em 2006, eles receberam 40% dos ph.Ds. Quando esses graduados se instalam no país, criam oportunidade econômica. Metade das novas empresas no Vale do Silício tem um fundador imigrante ou um americano de primeira geração. O potencial para um novo impulso da produtividade americana não depende de nosso sistema educacional ou dos gastos com pesquisa e desenvolvimento, mas de nossas políticas de imigração. Se essas pessoas tiverem permissão e forem encorajadas a ficar, a inovação acontecerá aqui. Se partirem, elas a levarão junto.
Essa é a grande – e potencialmente insuperável – força dos EUA. O país continua sendo a sociedade mais aberta e flexível do mundo. O país prospera com a fome e a energia de imigrantes pobres. Diante das novas tecnologias de companhias estrangeiras, ou dos mercados em expansão no exterior, ele se adapta e ajusta. Quando você compara esse dinamismo com as nações fechadas e hierárquicas que no passado foram superpotências, sente que os EUA são diferentes e que podem não cair na armadilha de se tornarem ricos, gordos e preguiçosos.
A sociedade americana pode se adaptar a este novo mundo. Mas o governo americano consegue? O paroquialismo americano está particularmente evidente na política externa. Economicamente, à medida que outros países crescem, todo mundo ganha. Mas a geopolítica é uma luta: à medida que outras nações se tornam mais ativas, elas buscam maior liberdade de ação. Isso implica que a influência dos EUA declinará. Em vez de ficar obcecados com seus interesses de curto prazo, a prioridade americana deveria ser trazer as forças emergentes para o sistema global. Se a China, a Índia, a Rússia e o Brasil sentirem que participam da ordem global, haverá menos perigo de guerra, depressão, pânicos e colapsos.
Os americanos – especialmente o governo americano – não entenderam de fato a ascensão do resto. É um dos acontecimentos mais emocionantes da História. Bilhões de pessoas escapando da pobreza abjeta. O mundo será enriquecido e enobrecido à medida que elas se tornarem consumidores, produtores, inventores, pensadores, sonhadores, fazedores. Tudo isso está acontecendo por causa de idéias e ações americanas. Durante 60 anos, os EUA incentivaram países a abrir seus mercados, a liberar suas políticas, a abraçar o comércio e a tecnologia. Justamente quando eles começam a fazê-lo, estamos perdendo a fé nessas idéias. Ficamos desconfiados do comércio, da abertura, da imigração e do investimento porque agora não se trata de americanos indo para o exterior, mas de estrangeiros indo para os EUA. Daqui a algumas gerações, quando os historiadores escreverem sobre esses tempos, poderão notar que, na virada do século XXI, os EUA tiveram sucesso em sua grande histórica missão – globalizar o mundo. Não queremos que eles escrevam que ao longo do caminho os próprios EUA esqueceram de se globalizar.


(texto extraído de Fareed Zakaria)


2 de out. de 2020

População do Nordeste

 População do Nordeste

GEOGRAFIA DO BRASIL

Grande parte da população do Nordeste encontra-se em grandes centros urbanos estabelecidos nas áreas litorâneas.

A região Nordeste do Brasil é constituída por nove Estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A região abrange uma área de 1.554.257 km2, a qual abriga cerca de 53.081.950 habitantes, sendo a segunda mais populosa do território brasileiro. A população nordestina é composta etnicamente por 62,5% de pardos; 29,2%, de brancos; 7,8% de negros e 0,5% de indígenas.

Apesar da região possuir uma população absoluta elevada, existem vazios demográficos. Desse modo, a densidade demográfica refletida por essa população é de 34,1 habitantes por quilômetro quadrado.

A região Nordeste apresenta uma enorme irregularidade quanto à distribuição demográfica dentro do território, de modo que há Estados muito povoados e outros nem tanto. Além disso, a maioria da população dos Estados nordestinos concentra seus habitantes nos grandes centros urbanos que se estabelecem nas áreas litorâneas. As unidades da Federação do Nordeste mais populosas são: Bahia, Pernambuco e Ceará, as quais respondem por 60% do total da população da região. E apresentam, respectivamente, a seguinte densidade demográfica: 24,8 hab./km2, 89,6 hab./km2 e 56,7 hab./km2. Ao longo da costa nordestina habitam aproximadamente 32 milhões de pessoas, tendo em vista que as maiores cidades se encontram nessa faixa.

EXERCÍCIOS

1) A irregularidade na distribuição da população nordestina fica mais evidente ao analisarmos a diferença do número de habitantes entre os estados desse complexo regional, sendo que alguns estão entre o mais populoso do Brasil, enquanto outros estão entre os menos habitados. Marque a alternativa que indica o estado mais populoso do Nordeste:

a) Bahia

b) Ceará

c) Maranhão

d) Pernambuco

2) Assinale a alternativa que corresponde ao estado menos habitado do Nordeste:

a) Alagoas

b) Sergipe

c) Rio Grande do Norte

d) Paraíba

3) A distribuição da população no Nordeste brasileiro, sempre influenciada pelas chuvas, pode ser sintetizada da seguinte maneira:

a) Maiores densidades no litoral e no agreste, vazios demográficos no sertão e adensamentos populacionais significativos nos vales úmidos do Maranhão e Piauí.
b) Baixas densidades em toda a região, exceto nas regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza.
c) Elevadas densidades em todo o litoral, seja no sentido norte-sul, seja na direção leste-oeste, e baixas densidades nas demais áreas.
d) Concentrações no litoral oriental, densidades ainda elevadas no agreste, menores densidades no sertão, onde se adensam populações nas ilhas úmidas.
e) Altas densidades em toda a região, mais elevadas nas zonas litorâneas, onde ocorre mais pluviosidade.


17 de set. de 2020

Fases da Globalização como consequência das fases do Capitalismo

 Para facilitar o entendimento, a globalização pode ser dividida em quatro fases:
 1ª fase (séculos XV – XVIII): Grandes Navegações e Descobertas Marítimas – Revolução Industrial.
2ª fase (séculos XVIII a XX): Revolução Industrial – 2ª Guerra Mundial: expansão do capitalismo.
3ª fase (final do século XX): 2ª Guerra Mundial – queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e do regime socialista, Guerra Fria.
4ª fase (século XXI): Nova Ordem Mundial: domínio do capitalismo no mundo.
Características da Globalização
Agora que você sabe o que é, vamos entender quais são as principais características da Globalização.
 
globalização
A maior característica da Globalização é o surgimento das empresas transnacionais. São empresas que possuem matriz em um país desenvolvido e atuam com filiais em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.
Dessa forma, as empresas transnacionais expandem seu mercado consumidor. Também se beneficiam da mão de obra barata, isenção de impostos, doações de terrenos e outros incentivos oferecidos pelos governos dos países.
Outra característica marcante da Globalização é a interferência nos aspectos culturais de uma sociedade. Certos hábitos incomuns para um determinado país passam a ser normais, pois são aprendidos pela TV e internet.
Estes hábitos podem ser alimentares, o que é evidenciado pelas redes de fast food globais, por exemplo. Podem ser também de consumo de moda, com a atualização das vitrines das grandes lojas de departamento com as mesmas roupas no mundo inteiro.
 
Veja as principais características da Globalização:
 
Aumento das relações econômicas entre os países;
Maior produção e consumo de bens e serviços globais;
Informações disseminadas instantaneamente;
Surgimento de empresas multinacionais e transnacionais;
Surgimento de blocos econômicos e diminuição de barreiras comerciais;
Avanços tecnológicos e meios de comunicação;
Economia informal.
Pontos positivos e negativos da Globalização
A globalização é uma realidade que só tende a aumentar. Mas, como qualquer outro processo, também tem seus pontos positivos e negativos.
 
Pontos negativos da Globalização
Os países em desenvolvimento podem ter que competir muito com indústrias de países desenvolvidos. As novas indústrias podem enfrentar custos mais altos de produção do que as indústrias avançadas, que já têm mais experiência de mercado.
Nas economias pequenas, as marcas multinacionais podem forçar os comerciantes do país, diminuindo a diversidade cultural e a valorização dos produtos nacionais.
 
Também podemos destacar:
 
Concentração de riqueza: a maior parte do lucro das empresas transnacionais fica nos países desenvolvidos;
Aumento do desemprego: a Globalização e a revolução tecnológica e científica causaram a automação da produção, ou seja, robôs e máquinas realizando o trabalho antes feito por humanos;
Descaracterização de costumes culturais;
Exploração de matéria-prima e mão de obra barata.
Pontos positivos da Globalização
Os benefícios da Globalização também estão relacionados ao livre comércio. A globalização permite que a população tenha mais opções de produtos no mercado para escolher.
Além disso, quando existe uma maior abertura comercial, isto é, quando as empresas de países diferentes têm liberdade para negociar, os preços tendem a ficar menores. Outros pontos:
Combate à inflação;
Maior acesso do consumidor a produtos importados melhores e mais baratos, assim como produtos nacionais;
Investimentos estrangeiros em outros países;
Desenvolvimento tecnológico;
Possibilidade de troca de culturas e costumes (por exemplo a culinária), enriquecendo o conhecimento sobre outros países;
Melhora do relacionamento entre países.
 
Globalização Econômica
A globalização econômica é o processo de integração das economias de países do mundo inteiro. A globalização econômica envolve principalmente a globalização de mercados, produção, tecnologias e de organizações.
Muitas vezes, tratados entre países são assinados para diminuir barreiras econômicas e políticas entre eles, como por exemplo o Mercosul, a União Européia, o Nafta (Tratado Norte Americano de Livre Comércio), entre outros. Com a criação desses blocos econômicos, os países integrantes conseguem um maior poder de barganha em negociações.
Outra parte com grande interesse na globalização econômica, são as empresas multinacionais. Para elas, quanto menos barreiras houverem entre suas sedes em diferentes países, melhor.
Uma desvantagem da globalização econômica, é que países acabam criando dependências em alguns pontos, como a importação de matérias primas e até mesmo de produtos já prontos. Com isso, barreiras comerciais podem ser impostas por blocos de países economicamente fortes, como forma de punição por ações que não sejam bem aceitas por eles, ou pela comunidade global.
 
Globalização no Brasil
O Brasil é um país que se mantém no mercado internacional, sendo o maior exportador de carne bovina e o segundo maior exportador de frango do mundo, por exemplo.
A nação brasileira é integrante do bloco econômico Mercosul. Em parceria com outros países do bloco, o Brasil formula estratégias com o objetivo de obter crescimento econômico para si e para os países-membros.
A partir de 1990, com o neoliberalismo sendo instalado no país, o Brasil adotou diversas medidas para crescer no mundo globalizado. Houve crescimento da indústria, privatização de estatais e o surgimento de empresas multinacionais.
 
Globalização e meio ambiente
O crescimento das empresas transnacionais foi agressivo para o meio ambiente. A exploração de matérias-primas da natureza é muitas vezes feita de maneira insustentável pela maior parte das corporações capitalistas, gerando poluição e desmatamento.
Por isso, outra característica da Globalização são as alterações climáticas, catástrofes ambientais e poluição das águas.
 
Questionário:
1)      Marque a fase da Globalização correspondente:
A)      1ª fase (séculos XV – XVIII): Nova Ordem Mundial: domínio do capitalismo no mundo.
B)      2ª fase (séculos XVIII a XX): Revolução Industrial – 2ª Guerra Mundial: expansão do capitalismo
C)      3ª fase (final do século XX): Grandes Navegações e Descobertas Marítimas – Revolução Industrial.
D)     4ª fase (século XXI): queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e do regime socialista, Guerra Fria.

2)      Estão entre os Pontos negativos da Globalização, EXCETO:
A)      Os países em desenvolvimento podem ter que competir muito com indústrias de países desenvolvidos. As novas indústrias podem enfrentar custos mais altos de produção do que as indústrias avançadas, que já têm mais experiência de mercado.
B)      Nas economias pequenas, as marcas multinacionais podem forçar os comerciantes do país, diminuindo a diversidade cultural e a valorização dos produtos nacionais.
C)      A intensificação de troca comercial entre países pode ajudar no controle da inflação
D)     A globalização amplia a desigualdade social, provocando desemprego.

3)      É o processo de integração das economias de países do mundo inteiro, envolve principalmente a globalização de mercados, produção, tecnologias e de organizações. Nos referimos a:
A)      Globalização Cultural
B)      Globalização Bancária
C)      Globalização Econômica
       D)   Globalização da Desigualdade Social

3 de ago. de 2020

Problemas demográficos em tempos de Globalização


Problemas demográficos em tempos de Globalização

Embora o crescimento demográfico da Terra tenha sido menor do que o projetado há cinquenta anos, a população mundial deve atingir seu ponto de saturação em torno do ano 2050, quando será alcançado o índice de aproximadamente 10 bilhões de habitantes. Assim como o imprevisto "planejamento" demográfico global que ocasionou grande expansão da urbanização, a qual se processou de maneira bem mais célere do que a cogitada, em grande parte, devido aos avanços no setor da mecanização agrícola.
Segundo estatísticas divulgadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o índice de urbanização já ultrapassou o limiar dos 50%, com as cidades concentrando atualmente uma população maior do que a residente nas áreas rurais. O aspecto mais grave reside na constatação de que, na próxima década, metade dos habitantes das cidades viverá em estado de pobreza.
As conclusões chegadas pelas novas estatísticas são estarrecedoras. Prevê-se que, dentro de pouco mais de duas décadas, o mundo terá cerca de dois bilhões de favelados ocupando espaços urbanos, com o número de pobres e miseráveis maior do que o então residente nas áreas rurais. Grande parte do crescimento populacional se localizará nas megalópoles de países menos desenvolvidos, a exemplo da cidade de Mumbai, na Índia, que em menos de duas décadas abrigará uma população em torno de 35 milhões de habitantes.
Na opinião do urbanista norte-americano Mark Davis, cujos estudos sobre o tema foram sintetizados no livro "Planeta de Favelas: a involução urbana e o proletariado informal", o maior incremento demográfico se verificará em áreas urbanas de menor porte, exatamente aquelas mais incapazes de manter as mínimas condições para acomodar e oferecer serviços elementares a seus habitantes. Tamanho inchaço populacional torna-se ainda mais preocupante porque, de modo constante e progressivo, a urbanização intensiva deixou de se vincular ao ritmo industrial e a outros itens propulsores do desenvolvimento, tal como costumava acontecer com regularidade até a primeira metade do século XX.
Em vários países, a despeito da ocorrência de avanços na economia, a urbanização cresceu em proporção inversa à queda do salário real e à incidência do desemprego. O êxodo rural, por falta dos necessários incentivos à adequação do ser humano ao seu meio ambiente, também contribuiu, de maneira marcante, para a expansão das favelas, não só na periferia das cidades, mas, também, em áreas centrais e até mesmo em meio a zonas nobres.
De modo idêntico ao que sucede em outras metrópoles brasileiras, Fortaleza padece dos males e incômodos decorrentes da desordenada concentração demográfica, geradora de questões sérias como a proliferação da violência, do comércio e consumo de drogas, da prostituição ostensiva de ambos os sexos e do aceleramento do mercado informal, no qual geralmente predominam produtos de origem ilícita.
O problema assumiu tal dimensão, ao ponto de se tornar objeto de reiteradas advertências da ONU. Ignorá-las, ou subestimá-las, pode significar a desestruturação de inúmeros valores sociais, alguns deles já sustentados precariamente. Mesmo sob uma análise superficial, são percebidos os perigos ameaçadores do equilíbrio da sociedade, sem que quase nada de concreto e eficaz os governos tenham feito para repensar suas causas e lhes deter o avanço, limitando-se a medidas paliativas.
Atualmente, as maiores preocupações e desafios demográficos existentes não se referem ao quantitativo populacional, mas à distribuição de recursos alimentares, às questões étnicos-sociais, aos movimentos migratórios, à idade média da população, entre outros.
Diante dessas preocupações, podemos enumerar abaixo os principais desafios demográficos do mundo para o século XXI:

1) Questões alimentares: fome e obesidade, Surtos e Pandemias mais constantes;

2) Migrações em massa;

3) Racismo, machismo, homofobia e preconceitos de toda forma;

4) Envelhecimento da população.

Problemas alimentares

Há alguns séculos, estimava-se que o elevado aumento populacional seria gerador de grandes catástrofes e problemas relacionados com a falta de recursos naturais para a população. No entanto, o que se observou foi a expansão da produção de alimentos para além dos crescimentos populacionais.
Todavia, muitas pessoas ainda sofrem com a fome ou subnutrição no mundo. Essas pessoas são vítimas diretas da concentração de riquezas e da consequente má distribuição dos recursos alimentares pelo mundo. Eis a problemática da fome.
Existem dois tipos principais de fome no mundo: a do tipo endêmica ou fechada e a do tipo epidêmica ou aberta.
A fome do tipo endêmica é também chamada de subnutrição e refere-se ao tipo de fome resultante da pobreza extrema de uma pessoa ou de uma população inteira. A estimativa atual é de que mais de 800 milhões de pessoas no mundo sofram com a subnutrição, que consiste no consumo médio inferior a 2500 calorias por dia por parte de um indivíduo.
A fome do tipo epidêmica acontece mais raramente, porém costuma ser mais catastrófica. Ela ocorre em períodos de guerra, longas secas, epidemias ou pandemias e até como resultado do abandono da população por parte do governo.
Outro problema alimentar existente no mundo e que se coloca como um desafio a ser superado é a acentuada expansão da obesidade. Ao contrário da fome e da subnutrição, que vêm registrando decréscimos, a obesidade vem aumentando a cada ano. As estimativas são de que o número de obesos seja igual ou superior ao número de pessoas com fome.
A obesidade é o excesso de gordura corporal que uma pessoa possui. Tal problema ocasiona uma diminuição da expectativa de vida em função das diversas doenças por ele causadas, como problemas cardíacos e cânceres.
As principais causas da obesidade no mundo estão relacionadas com o padrão de vida da sociedade global capitalista, como o sedentarismo geral da população e a má alimentação resultante do crescimento do consumo das comidas rápidas ou fast-food. Em países da Europa e do Japão, esse problema já abrange mais de 20% da população e, nos Estados Unidos, 30%.
Os sanduíches e outras comidas rápidas são os grandes vilões da obesidade atualmente

Migrações internacionais e xenofobia

As migrações internacionais ocorrem, principalmente, envolvendo habitantes do chamado mundo subdesenvolvido que buscam melhores condições de emprego e renda no mundo desenvolvido. Tal processo vem ocorrendo mais intensamente na história da humanidade desde o final da Segunda Grande Guerra. A maior parte dessas migrações ocorre por motivações econômicas.
Os países que recebem esse grande quantitativo populacional procuram estabelecer limites para essa grande quantidade de pessoas que ingressam em seus territórios, a fim de evitar o inchamento populacional e agradar a população interna que reivindica ações nesse sentido. No entanto, essas migrações continuam a ocorrer de forma ilegal.
Ao chegar em um país, esses imigrantes costumam preservar as suas tradições culturais de origem, bem como sua língua e o seu modo de falar, o que representa uma insegurança no que se refere à relação entre Estado e nação. Tal risco materializa-se no fato de os imigrantes passarem a exercer direta influência sobre os rumos político-econômicos nacionais.
Em razão disso, cresce no mundo o processo de xenofobia, que é a aversão que a população de um dado lugar possui em relação a povos estrangeiros, que são vistos como uma ameaça e uma “concorrência desleal” no mercado de trabalho, uma vez que uma pessoa estrangeira costuma receber menores salários.
Existiram e ainda existem diversos casos de xenofobia no mundo, o que vem causando a morte de milhares de pessoas em todo o planeta.

Racismo e intolerância

Outro problema demográfico do mundo atual relaciona-se aos casos de racismo e outras formas de intolerância a grupos como os homossexuais, mulheres e outros.
O racismo está fundamentado em discursos historicamente construídos sobre a superioridade de algumas etnias – erroneamente chamadas de raças – sobre outras. Na maioria dos casos, tais discursos foram previamente elaborados para justificar o domínio de alguns povos sobre outros, isto é, de um Estado sobre outro.
Além disso, o racismo é fruto da hostilidade em relação às pessoas que destoam do padrão de uma dada sociedade, por não se enquadrarem em uma determinada homogeneidade étnica que daria a um determinado Estado o status também de nação, ou Estado-Nação, isto é, quando um território é formado basicamente por uma única etnia.
Outros casos de intolerância também se revelam a partir de discursos históricos. O machismo advém da herança da cultura da submissão feminina nas sociedades do período moderno da história (e até mesmo antes). Casos de homofobia também são frutos desse processo, que coloca no topo da hierarquia social o homem branco heterossexual.

Envelhecimento da população

Uma das questões demográficas que mais vêm gerando debates no contexto mundial é o envelhecimento da população, resultado do controle do crescimento populacional e da elevação da expectativa de vida. Em linhas gerais, nascem menos e morrem menos pessoas no mundo do que antes.
Alguns países da Europa, a exemplo da Alemanha, vêm incentivando a prática familiar de ter mais de um filho por casal através de incentivos à própria família para a criação e manutenção dos padrões de vida de seus filhos.
O grande temor é o de que não haja uma população economicamente ativa para sustentar a previdência e a estrutura dos países.

Questionário:
1) Não é uma das questões demográficas que mais vêm gerando debates no contexto mundial:
     A) Racismo
     B) Envelhecimento da população
     C) Intolerância
     D) Aumento do número de casamentos

2) As migrações internacionais ocorrem, principalmente, envolvendo habitantes do chamado mundo subdesenvolvido, devido a:
    A) Humanidade das pessoas
    B) Acolhimento familiar no mundo
    C) buscarem melhores condições de emprego e renda no mundo desenvolvido
    D) Falta de desigualdade social

3) Há alguns séculos, estimava-se que o elevado aumento populacional seria gerador de grandes catástrofes e problemas relacionados com a falta de recursos naturais para a população. No entanto, o que se observou foi a expansão da produção de alimentos para além dos crescimentos populacionais.
Todavia, muitas pessoas ainda sofrem com a fome ou subnutrição no mundo. Essas pessoas são vítimas diretas da concentração de riquezas e da consequente má distribuição dos recursos alimentares pelo mundo. Eis a problemática da fome, que se relaciona, exceto:
     A) A desigualdade social
     B) Política eficaz de distribuição de renda pelo mundo
     C) Fome Endêmica
     D) Expansão da obesidade

19 de abr. de 2020

Educação em tempos de Isolamento Social

2020!
        Esse é o ano que transformou a história da sociedade humana!
        Um vírus gripal, o Covid19, surgido nos mercados livres de Hwan, cidade da China, e que se propagou por todo o planeta, contagiando milhares de pessoas e levando a morte outras tantas. Os idosos foram as principais vitimas fatais, mas o que realmente assustou, foi a velocidade com que o vírus se propagou, levando ao caos sistemas de saúde outrora reconhecidamente eficientes, como os da França, Reino Unido e Espanha; além de deixar médicos legistas atordoados mundo a fora devido a gravidade das lesões deixadas pelo vírus em óbitos.
        Sem uma resposta efetiva e coordenada, o mundo se viu nocauteado e desorientado, buscando alternativas e possíveis soluções, como uma cura ou vacina.
        Em meio a Pandemia, a OMS - Organização Mundial da Saúde, passou a orientar dentro do possível, ações que pudessem amenizar os impactos da doença.
        O distanciamento/isolamento social passou a ser a ação que se mostrou mais eficaz em todo o mundo, amenizando e dando tempo as entidades de saúde a se prepararem para o que viria.
        No Brasil, não foi diferente! Assim, aulas foram suspensas, profissionais de educação foram colocados em férias deliberadamente, enquanto as aulas passaram a ser online na maioria das escolas públicas e privadas.
        Nesse contexto, a internet se mostrou extremamente necessária e eficaz, proporcionando não somente meios de aquisição de bens e produtos as famílias isoladas em seus lares, como também para que os estudos não parassem e os estudantes tivessem um prejuízo ainda maior.

9 de abr. de 2020

PANDEMIA Covid19

Verificando as dificuldades do governo brasileiro em conseguir respiradores e outros EPIs, com a China, que é o principal país produtor desses equipamentos,
Não consigo deixar de pensar na incompetência do Ministro das Relações Exteriores, inflamado pelo Senador Flávio Bolsonaro e sua brilhante e estudiosa carreira diplomática. Incapazes de atos diplomáticos que possam ajudar o povo brasileiro. Mas extremamente eficazes em inventar FAKE News e tentar desqualificar a China e a Rússia, hoje países capazes de ajudar.
E quando verificamos a chegada de um avião RUSSO carregado de EPIs vindos da CHINA, comprados por empresa privada, podemos ser levados a concluir que o problema não é o a escassez dos produtos, mas sim, o fato da CHINA, cansada das fake news, vindas de pessoas do governo ou ligados a ele, estar barrando qualquer fornecimento de produtos ao governo brasileiro, inclusive, chegando a cancelar compras de soja.
Se nada for feito, teremos dificuldades de nos colocarmos no contexto global pós Covid19.