Prof.Marcelo Castro

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De uma forma geral, buscando a compreensão do todo, valorizando as partes e defendendo os menos favorecidos.

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29 de jul. de 2025

DESCRITORES DE GEOGRAFIA 6º ao 9º ano DO ENSINO FUNDAMENTAL

 DESCRITORES DE GEOGRAFIA  6º ao 9º ano DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

 A Geografia: da organização à produção do espaço geográfico

Nesta etapa, o aluno vivencia um momento da passagem do seu ser infantil para o ser adolescente, o que implica mudanças socioafetivas e cognitivas. Rompendo com seus “cordões umbilicais”, assume uma postura mais crítica e autônoma diante do mundo que o cerca. Desta forma, assume compromissos coletivos, ampliando sua capacidade de socialização. Seu desejo de ser ouvido e de participar das decisões do grupo se faz sentir, por exemplo, na existência de organizações estudantis nas escolas (como os grêmios) ou mesmo na criação e execução de trabalhos coletivos, como feiras de ciências, estudos do meio, maratonas, gincanas, campeonatos esportivos ou festas. O espaço da escola não se resume mais apenas à sala de aula e ao pátio.

Por um lado, a curiosidade do seu ser criança o impulsiona para a busca de um leque maior de conhecimentos de toda ordem. O trabalho pedagógico desenvolvido nas séries iniciais amplia seus horizontes, levando-o à descoberta, exploração e maior compreensão do mundo que o cerca. Por sua vez, o seu ser adolescente o direciona para uma postura mais questionadora, que vai lhe conferindo uma condição latente de análise e julgamento das coisas. É assim que, ao término da 8a série, espera-se que o aluno-cidadão possa se encontrar num estado de prontidão para raciocínios mais complexos e elaborados de observação, interpretação, análise e síntese da realidade. Nesse sentido, o ensino da Geografia contribui para que esse processo de ensino aprendizagem seja enriquecido por meio da ampliação do seu vocabulário, do desenvolvimento de terminologia específica, atribuindo à sua linguagem, tanto escrita como oral, um certo rigor científico. É assim que este aluno vai aprendendo a reconhecer e discernir o que é do âmbito da cultura geral e o que é da especificidade da Geografia e as grandes perguntas que esta disciplina se propõe refletir, elucidar e responder sobre: a organização e produção do espaço brasileiro e mundial; a divisão internacional e territorial do trabalho; o desenvolvimento da ciência e tecnologia e os fluxos populacionais e econômicos; a relação sociedade/natureza no Brasil e no mundo e a questão ambiental; e as formas de representação do espaço geográfico.

Quando o aluno incorpora estes conhecimentos, estamos diante do sujeito perguntador tão necessário para o trabalho pedagógico do Ensino Médio, onde exercita-se a capacidade de questionamento e argumentação.

A sistematização dos conteúdos da Geografia, nesta trajetória, passa das noções básicas já trabalhadas à elaboração de conceitos e categorias fundamentais, progressivamente. Partindo do lugar onde vive, o exercício é o de articular o particular e o geral, que se manifestam simultaneamente. Assim, compreender a realidade brasileira, por exemplo, exige sua contextualização nos processos, ao mesmo tempo, internacionais, regionais e locais. Esta compreensão só se torna possível mediante uma redefinição do papel do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Como construtor destes nexos, o aluno-cidadão pratica um trabalho escolar onde a atitude da pesquisa permite a delimitação, para ele, do objeto da própria Geografia.
OBS: O exposto nesse conteúdo não representa uma sequenciação de conteúdos, mas descritores que deverão nortear a elaboração das atividades de Geografia do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB (1999, 2a ed.). Vejamos os descritores das competências cognitivas esperadas para cada nível de ensino. As letras presentes após cada descritor, são as competências, sendo estabelecidas em: B- Básicas; O- Operacionais; G- Globais. 

ESTANDO ASSIM DIVIDIDOS POR SÉRIES:

6º ano (5ªsérie)

6. FORMAS DE REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA ESPAÇO-TEMPORAL

6.1 Sistema de referência: coordenadas geográficas

D82 - Identificar no planisfério os paralelos e os meridianos ou hemisférios. (B)

D83 - Identificar no mapa, dadas as coordenadas geográficas de um lugar, a sua

localização. (B)

D84 - Determinar as coordenadas geográficas de um determinado lugar, observando um mapa. (O)

6.2 Fusos horários e sistema de orientação: pontos cardeais e colaterais

D85 - Relacionar a forma da Terra e o movimento de rotação com a definição de horários locais. (G)

D86 - Aplicar, a partir de um planisfério, os fusos horários para estabelecer diferenças horárias entre localidades. (G)

6.3 Tipos de mapas temáticos

D87 - Interpretar cartogramas, cartodiagramas, anamorfoses geográficas e mapas de isolinhas (isotermas, isoietas e isóbaras). (O)

4. RELAÇÃO SOCIEDADE/NATUREZA

4.1 Domínios naturais: características, dinâmicas e processos

D44 - Relacionar os índices pluviométricos, umidade e temperaturas elevadas com a diversidade da vegetação das florestas tropicais e equatoriais. (O)

D45 - Diferenciar as florestas de coníferas das florestas temperadas, comparando

gravuras. (O)

D46 - Associar as características destas florestas com a utilização intensiva pela indústria madeireira. (O)

D47 - Descrever as características do domínio das tundras ou dos desertos, observando gráficos de temperatura e gravuras. (O)

D48 - Compreender as consequências dos desmatamentos, em larga escala, nos

domínios das florestas tropicais. (O)

D49 - Associar o uso intensivo do solo nas áreas de transição entre o deserto do Saara e as savanas com o processo de desertificação. (O)

D50 - Estabelecer relação entre a bacia do rio Huang Ho e o Yang Tsé Kiang, na China, com a agricultura irrigada. (O)

D51 - Estabelecer relações entre o rio Nilo e a vida socioeconômica do Egito. (O)

D52 - Estabelecer relações entre a rede hidrográfica europeia e suas hidrovias. (O)

D53 - Estabelecer relações entre os rios Mississipi, Missouri e Tennessee com a vida socioeconômica do centro-sul dos EUA. (O)

D54 - Comparar, observando o planisfério, as principais áreas de reserva e produção de petróleo, cobre, ferro, manganês, carvão, bauxita e cassiterita. (O)

D55 - Comparar os processos de produção de energia da termelétrica e da hidrelétrica. (O)

D56 - Identificar os países, a partir de gráficos, quanto à utilização das diversas fontes de energia. (B)

D57 - Analisar as condições ambientais necessárias para a construção de uma

hidrelétrica. (G)

D58 - Reconhecer os riscos ambientais das usinas nucleares ou das usinas hidrelétricas. (B)

D59 - Reconhecer a necessidade de preservação da biodiversidade da Amazônia. (B)

4.2 Exploração dos oceanos

D60 - Compreender as características físicas dos oceanos. (O)

D61 - Localizar no planisfério as principais correntes marítimas. (B)

D62 - Relacionar as principais correntes marítimas com a atividade pesqueira. (O)

 

7º ano (6ªsérie)

5. O BRASIL E SUA REGIONALIZAÇÃO

5.1 O processo de formação territorial

D63 - Relacionar a concentração socioeconômica do Brasil nas áreas próximas ao

Atlântico com o processo de colonização do país. (O)

D64 - Associar a atividade da pecuária e da mineração com o processo de interiorização do país. (O)

D65 - Analisar as transformações do território brasileiro decorrentes do desenvolvimento do plantio da cana-de-açúcar e do café. (O)

5.2 Relação sociedade/natureza

D66 - Comparar as características dos domínios naturais do Brasil. (O)

D67 - Comparar os diferentes usos das bacias hidrográficas brasileiras a partir de suas características físicas. (O)

D68 - Analisar a importância política e econômica da conservação da biodiversidade no território brasileiro. (G)

D69 - Relacionar as atividades extrativas com as áreas dos diversos domínios naturais, através de comparação de gravuras (Percy Lau, por exemplo). (O)

D70 - Identificar, no mapa, as principais bacias hidrográficas brasileiras e seu

aproveitamento econômico (Tietê-Paraná, Paraguai, Madeira, Solimões-Amazonas,

São Francisco). (B)

5.3 Divisão territorial do trabalho, o processo urbano-industrial e as

desigualdades socioespaciais

D71 - Reconhecer as transformações socioeconômicas brasileiras a partir do processo de industrialização e urbanização, através de textos, letras de música, charges, histórias em quadrinhos. (O)

D72 - Relacionar a expansão do modo de vida urbano no Brasil com o surgimento e

fortalecimento de movimentos sociais (sindicalismo, associação de moradores,

movimento estudantil, mulheres, negros), observando fotografias e lendo reportagens de jornais e revistas. (O)

D73 - Reconhecer as transformações ocorridas no campo brasileiro através da

modernização agrícola, utilizando-se de tabelas e gráficos. (O)

D74 - Localizar, em mapas, as principais áreas produtoras de trigo, soja, cana-de-açúcar, café, laranja, milho, feijão, arroz ou mandioca. (B)

D75 - Analisar os aspectos positivos e negativos do Proálcool. (G)

D76 - Associar a produção agroindustrial com a expansão da mão-de-obra assalariada no campo (bóia-fria), através de textos, charges e letras de música.

D77 - Compreender, através do uso de mapas, a distribuição das principais áreas de criação bovina, suína e de aves. (O)

D78 - Identificar, a partir de mapas viários, os fluxos de mercadorias e pessoas pelo

território brasileiro. (B)

D79 - Avaliar a importância dos portos e aeroportos para a economia brasileira. (G)

D80 - Avaliar a importância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na luta pela reforma agrária no Brasil. (G)

D81 - Descrever as desigualdades regionais do Brasil, do ponto de vista socioeconômico ou étnico-cultural, a partir dos dados organizados em tabelas ou mapas. (O)

2. O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO

2.1 O espaço urbano-industrial

D10 - Relacionar a organização do espaço às transformações da indústria artesanal em indústria manufatureira. (O)

D11 - Relacionar a organização do espaço às transformações da indústria manufatureira para a maquinofatureira. (O)

D12 - Compreender a importância do processo de industrialização para a caracterização do mundo contemporâneo, a partir de um texto ou charge. (O)

D13 - Reconhecer as transformações provocadas na cidade pelo processo de

industrialização, através de charge, letras de música ou poesias. (B)

2.3 Problemas sociais urbanos e do campo

D16 - Compreender o processo de metropolização no Brasil e no mundo. (O)

D17 - Comparar processos de reforma agrária ocorridos em alguns países, a partir da leitura de pequenos textos. (O)

D18 - Associar o problema do emprego e da expansão da economia informal às

transformações da cidade provocadas pelo processo de industrialização. (O)

D19 - Associar o problema da moradia com as transformações da cidade provocadas pelo processo de industrialização. (O)

D20 - Associar o problema da violência urbana com as transformações da vida urbana. (O)

D21 - Associar o problema da ocupação das áreas de risco com as transformações

provocadas pelo crescimento das cidades. (O)

2.2 Fluxos migratórios

D14 - Associar a questão da migração campo-cidade no mundo capitalista industrializado com a mecanização do campo, observando uma gravura. (O)

D15 - Diferenciar a migração campo-cidade do mundo capitalista industrializado com o ocorrido na América Latina, através de uma charge ou poesia. (O)

 

8º ano (7ªsérie)

Novo - Compreender o processo de formação dos continentes

Novo - Associar a regionalização do espaço mundial com  as relações de poder

3.3 Os países latino-americanos

D27 - Relacionar a configuração territorial da América Latina com o processo de

colonização da América espanhola e portuguesa. (O)

Novo - Relacionar o processo de descolonização da América com o processo de desenvolvimento econômico atual

D28 - Descrever as desigualdades regionais dos países latino-americanos, do ponto de vista socioeconômico, a partir dos dados organizados em tabelas.

Novo - Compreender o processo de criação dos blocos econômicos latino americanos com destaque para MERCOSUL, UNASUL, COMECON

Novo - Relacionar a hierarquia de poder entre os países membros dos blocos econômicos

D29 - Explicar os objetivos do MERCOSUL. (O)

3.4 Os EUA e o Canadá

Novo - Relacionar a configuração territorial da América Anglo Saxônica com o processo de colonização Britânica e Francesa.

D30 - Descrever o processo de expansão territorial dos EUA. (B)

D31 - Explicar os de textos. (G)

D32 - Identificar em mapas as áreas industriais dos EUA e do Canadá. (B)

D33 - Compreender o espaço agrário americano organizado em cinturões agroindustriais (belts). (O)

D34 - Estabelecer relações entre a economia canadense e mexicana com a economia mecanismos de dominação dos EUA nos países latino-americanos, a partir da leitura americana. (O)

D35 - Explicar os objetivos do NAFTA. (G)

Novo - Análise e importância da Globalização e seus impactos no cotidiano social americano.

Novo - O uso das novas mídias/tecnologias e seus impactos nas relações sociais e construção/ocupação do espaço geográfico

Novo - EUA: aumento na produção interna de petróleo e sua consequente diminuição de dependência da OPEP

Novo - Diminuição da presença militar dos EUA nos conflitos no Oriente Médio

 3.2 Os países africanos

D24 - Reconhecer o papel da colonização na organização do espaço africano. (B)

Novo - Reconhecer o caótico papel das grandes potências no processo de descolonização do continente africano

D25 - Descrever as desigualdades regionais dos países africanos, do ponto de vista étnico e cultural. (O)

D26 - Descrever as desigualdades regionais dos países africanos, do ponto de vista

socioeconômico. (O)

Novo - Analisar e compreender as relações sociais que levam a constantes conflitos no continente

Novo - Relacionar as crises sociais do continente ao desinteresse das grandes potências na região subsaariana

Novo - Analisar os conflitos socioespacias que levaram a segregação racial na África do sul

Novo - Compreender o papel de Nelson Mandela no processo do fim do Apartheid

  

9º ano (8ªsérie)

1. DIVISÃO INTERNACIONAL E TERRITORIAL DO TRABALHO

1.1 Os sistemas de produção no espaço mundial e as transformações no mundo do trabalho

D1 - Compreender a transformação do espaço mundial provocada pela Divisão

Internacional do Trabalho. (O)

D2 - Indicar as características do sistema de produção capitalista ou socialista. (B)

D3 - Analisar como diferentes lugares se relacionam a partir da divisão territorial do

trabalho. (G)

D4 - Reconhecer que a produção industrial exige cada vez mais quantidade versus

velocidade, a partir de uma charge ou história em quadrinhos. (B)

D5 - Relacionar a interdependência entre as diversas áreas industriais e as produtoras de matérias-primas. (O)

D6 - Identificar os países que mais investem em ciência e tecnologia, através de um

mapa. (B)

D7 - Interpretar um gráfico de barras sobre investimentos em ciência e tecnologia,

considerando a interdependência entre os países. (O)

1.2 Agentes do Sistema Mundial: os Estados-nação, Organismos Internacionais, as grandes corporações empresariais e as Organizações Não-Governamentais (ONGs)

D8 - Descrever o funcionamento e atribuições da ONU, Banco Mundial, OEA e de seus principais organismos. (B)

D9 - Justificar a criação de organizações não governamentais para o exercício da

cidadania, a partir da leitura e interpretação de textos. (O)

3. O MAPA POLÍTICO, SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E GRUPAMENTOS REGIONAIS

3.1 A formação dos Estados Nacionais, os movimentos étnicos e religiosos

D22 - Identificar, através do planisfério, as áreas de predomínio das principais religiões do mundo (islamismo, cristianismo, judaísmo, hinduísmo e budismo). (B)

D23 - Concluir, a partir de um texto, as características culturais de um país islâmico. (G)

3.5 Os países europeus

D36 - Descrever as desigualdades regionais dos países europeus, do ponto de vista étnico e cultural. (O)

D37 - Analisar as desigualdades regionais dos países europeus, do ponto de vista

socioeconômico, a partir dos dados organizados em tabelas. (O)

D38 - Explicar os objetivos da União Européia. (G)

3.6 A Rússia e os países do Leste Europeu

D39 - Interpretar as transformações recentes do leste europeu. (O)

D40 - Interpretar, a partir de textos, o processo de constituição, crise e desintegração da URSS. (O)

3.7 A China

D41 - Descrever as desigualdades regionais na China, do ponto de vista socioeconômico, a partir dos dados organizados em tabelas. (O)

D42 - Descrever as desigualdades regionais na China, do ponto de vista étnico e cultural, utilizando-se de mapas. (O)

3.8 O Japão

D43 - Compreender as transformações econômicas do Japão no pós-guerra, a partir da leitura e de textos. (O)

 

 QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS

A presença de descritores desatualizados, prejudica a adaptação de conteúdos que foram incorporados ao ensino de Geografia nos últimos anos, onde podemos destacar:

1 - Análise e importância da Globalização e seus impactos no cotidiano social americano.

2 - O uso das novas mídias/tecnologias e seus impactos nas relações sociais e construção/ocupação do espaço geográfico

3 - Primavera Árabe e seus reflexos nas relações internacionais

4 - Crise na Ucrânia e seus reflexos na União Europeia

5 - Crise Petrolífera e seus impactos na Geopolítica mundial

6 - EUA: aumento na produção interna de petróleo e sua consequente diminuição de dependência da OPEP

7 - Diminuição da presença militar dos EUA nos conflitos no Oriente Médio

8 - Impactos da diminuição da pobreza e da fome na sociedade brasileira

9 - Crise hídrica mundial, com destaque para os problemas nacionais

4 de out. de 2024

GEOPOLÍTICA: BRIC'S

 

BRIC’S

Em 2001, o termo foi forjado pelo economista britânico Jim O'Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs, em seu estudo intitulado “Building Better Global Economic BRICs”, quando tentava expressar a situação de crescimento econômico dos países emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China.

Em 2006, durante a 61º Assembleia Geral das Nações Unidas, o conceito ganhou caráter político, transformando-se em um grupo de países, sendo incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China.

Em 2009, ocorre a elevação do nível de interação política entre os países, com a Cúpula de Ekaterinburgo, África do Sul, onde se aprofundou a institucionalização do BRICS.

 

BANCO DO BRIC’S

Em 2014, no mês julho, ocorreu uma cúpula do Brics, em Fortaleza, no Ceará. Nesta edição, o grupo assinou a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que visa dar apoio financeiro a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, públicos ou privados, nos cinco países-membros e em outras economias emergentes, e países em desenvolvimento. O projeto entrou em vigor no dia 3 de julho de 2015.

Em 2021, o Conselho de Governadores do NDB aprovou a admissão de Emirados Árabes Unidos, Egito, Bangladesh e Uruguai na família NDB, dando início à expansão do Banco como uma instituição Globalizada e multilateral.

O Banco com sede em Xangai, na China, apresenta um capital subscrito inicial de US$ 50 bilhões, havendo autorização para chegar a US$ 100 bilhões; isso de acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). As contribuições foram divididas de forma igualitária entre os cinco países que compõem o Brics: US$ 10 bilhões, cada.

Para sua governabilidade, o banco é composto por um conselho de governadores, um conselho de diretores, um presidente (atualmente ocupada pela ex-presidente do Brasil, Dilma Roussef) e quatro vice-presidentes. A presidência do banco é rotativa, assim como dos quatro vice-presidentes.

IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA

A criação de um banco de desenvolvimento entre os países membros traz impactos significativos em suas economias, como:

Ø diminuição gradual e constante da dependência de moedas estrangeiras como o Dólar e o Euro, fazendo com que essas moedas percam valor nas bolsas de valores. Com a queda do valor da moeda estrangeira, teremos queda no valor dos combustíveis e, consequentemente, queda de preços de mercadorias e inflação.

Ø aumento substancial da exportação de diversos produtos e consequente aumento na geração de emprego.

Ø   introdução e aumento da importância do país na geopolítica mundial.

Ø Acesso facilitado a novas tecnologias, vacinas, desenvolvimento aeroespacial, etc.

EXERCÍCIOS

     1)     Como Se deu a criação do termo BRIC?

2)     Qual a importância da Cúpula de Ekaterinburgo, África do Sul para os BRICs?

3)     Como se deu a criação do (Banco dos “BRIC’S)?

4)     Descreva pelo menos dois impactos da criação do Banco dos BRIC’S na economia brasileira?

Encontramos

 

GEOGRAFIA EM AÇÃO

Em plena Quarta Revolução Industrial(SCHWAB, Klaus Martin; 2016) nos deparamos com um mundo extremamente competitivo e disputando os avanços tecnológicos, palmo a palmo. Enquanto isso, no Brasil, a ciência e a educação se apresentam como "transtorno" para grande parte da sociedade conservadora, levando grandes corporações transnacionais a questionarem, a capacidade do país em fornecer mão de obra qualificada.